BELEZA NATIVA

Nosso povo brasileiro

Cuja beleza nativa

A poesia cativa

Diante do mundo inteiro...

Este pobre caminheiro

Faz uma contestação:

Há a polarização

Entre as raças negra e branca

Enquanto a gente franca

Vive na desolação

O branco chegou depois

E a gente negra também

E o nativo é refém

Da história desses dois

É chegado o tempo pois

Da sua exaltação

Viva o índio, nosso irmão,

Que tem respeito à terra

E a sua poética encerra

Ser o dono da ‘nação’

Mais respeito ao nativo!

Que haja a demarcação!

Deixe de tapeação,

Meu Brasil de credo esquivo!

Ora, o qualificativo

Que ao caráter remonta

É o povo índio que monta

O conceito ecologia

Numa nova poesia

Que deixa a ‘história’ tonta...