QUEM LOTEOU A PRAÇA DO CENTENÁRIO

POMBAL, QUEM LOTEOU A PRAÇA DO CENTENÁRIO?

Jerdivan Nobrega de Araujo

A antes Praça Rio Branco, hoje Dr. José Ferreira Queiroga, teve seu o Coreto inaugurado na administração Azuil Arruda, em 1962 , quando passou a denominação de Bar Centenário em alusão aos cem anos de emancipação política da cidade. Foi o mesmo ano que o Professor Wilson Seixas lançou o Livre “Velho Arraial de Piranhas, Pombal”.

Devo lembrar que todo esse equipamento, juntamente com o centro Histórico de Pombal foi tombado em 2001, o que impede qualquer intervenção em sua arquitetura, o que nunca foi respeitado pelos Administradores, nem tampouco fiscalizado pelo Ministério Publica através Curadoria do Patrimônio Publico, exemplo disso é aquele estorvo que foi erguido no anel externo da Praça do Centenário. Uma agressão ao visual da mais bela praça entre todas as existentes em cidades do interior da Paraíba.

Tratam-se caixotes de alvenarias no meio do passeio público que veio a quebrar a beleza arquitetônica do centro da cidade, transformado o local em uma praça de alimentação, feia, suja e ilegal: uma cicatriz no rosto de uma bela dama.

O administrador que teve aquela triste ideia demonstrou, com essa ação, uma total falta de interesse pela história da cidade de Pombal.

Aqueles caixotes substituíram os não menos horrorosos trailers que estavam instalados defronte ao Pombal ideal Club e Casa da Cultura. O que a prefeitura fez foi tirar o lixo da rua e colocá-lo em cima da calçada: deslocou os barracos uns centímetros acima e acreditou que havia resolvido o problema, quando apenas mudou-o de endereço.

Aquilo nunca poderia ter sido feito, nem mesmo com o argumento de que são pais de famílias que defendem o seu pão diário. Não há justificativa plausível para agredir o patrimônio cultural de um povo. Outras soluções para os comerciantes seriam encontradas simplesmente ouvindo os historiadores e adidos culturais da cidade.

Esperamos que um dia o MP apresente outra solução, e devolvendo aquele passeio publico ao povo, para que não seja necessário que os pombalenses que fazem suas caminhadas precisem driblar as cadeiras, mesas e bêbados sonolentos que ali tem mais vez do que o povo; não há como fugir a esse compromisso.

Nenhum Prefeito tem o direito moral ou o amparo legal para doar equipamentos de uso coletivo da comunidade ao usufruto de poucos, por melhor que seja a sua intensão.

Aquilo foi um crime cometido contra o patrimônio publico da cidade e há de aparecer um administrador com coragem de resolver o imbróglio sem prejuízo dos comerciantes. Na atual administração ventilou-se construí uma “Praça de Aleitação” no terreno onde ates funcionou o DNER, para receber aqueles comerciantes, mas. Pelo visto não saiu da vontade.

O IPHAN, que falhou no seu ofício ao não fiscalizar as ações do administrador que cometeu aquela insanidade, tem a sua parcela de culpa e já deveria se redimir da falha, impetrando ação pedindo a desocupação da área.

Pombal espera que um dia a Praça do Centenário volte a ter sua função de lazer, descontração e passeios e caminhadas nos finais de tarde, sem que os caminhantes tenham que se desviar de cadeiras e mesas de bares, lama de esgoto, fedentina e lixo.

Qual dos candidatos teria a coragem de assumir esse compromisso com o seu eleitor, para que a Praça do Centenário volte a ser do povo como o céu é do avião?

jerdivan Nóbrega de Araújo
Enviado por jerdivan Nóbrega de Araújo em 26/10/2008
Reeditado em 15/09/2016
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