CORINTHIANS LEVANTA, DÁ A VOLTA POR CIMA E GANHA INVICTO O TÍTULO DE CAMPEÃO PAULISTA DE 2009

Depois de sucessivos erros administrativos por parte da antiga presidência e respectivas diretorias, o Sport Club Corinthians teve que amargar constantes derrotas e, ao findar do Campeonato Paulista, sofrer a desonra e a tristeza de ser rebaixado para a segunda divisão de profissionais.

Quando terminou seu último jogo no campeonato paulista a tristeza era geral. Jogadores e torcida lamentavam e choravam com a dor e a vergonha do rebaixamento. Reclamações descabidas, desabafos doloridos, lágrimas dentro e fora de campo. Tudo eram tristeza e lamentação...

A “Fiel Torcida Corinthiana,” dirigentes da situação, postulantes à nova diretoria e amigos do Clube debatiam a maneira de inverter a situação vexatória por que passava o Corinthians. Mudanças profundas deveriam acontecer na Direção Administrativa do Clube e tudo deveria acontecer o mais depressa possível.

Discussões e embates entre situação e oposição foram calorosos para a derrubada da atual administração. Depois de muitas discussões e brigas sucessivas foi destituída a Presidência e as Diretorias Administrativas da situação.

Feitas novas eleições a oposição venceu e elegeu novo Presidente que nomeou novas Diretorias.

Não havia tempo a perder e as mudanças tinham que acontecer o mais breve possível, pois a disputa da segunda divisão estava muito próxima e tudo deveria ser mudado.

Reformular o plantel de jogadores, formar um time competitivo e contratar novo treinador era a necessidade urgente. Mas o Clube estava sem reserva financeira e muito endividado. Entre o desejável e o possível, optou-se pela formação de um plantel de custo mediano, formado por atletas jovens cujas qualidades futebolísticas os recomendassem para formar um time capaz de disputar a segunda divisão de profissionais do Campeonato Paulista.

O treinador não podia ser qualquer um; devia estar entre os melhores existentes, que demonstrasse segurança no comando e docilidade, honestidade e verdade no trato com os jogadores, pois a batalha era árdua e muitas mudanças e experimentos de várias formações táticas deveriam ser testadas.

Com estes pressupostos estabelecidos escolheram e trouxeram o técnico Wilson Manos que brilhava no Grêmio Porto alegrense.

A qualidade dos jovens contratados e a mescla com os poucos que ficaram no elenco, somados à competência do novo treinador, fizeram a diferença na qualidade do plantel. Treinamentos sérios, cansativos e consecutivos, além de muitas experimentações com várias formações preparam e formaram o time principal para a disputa dos jogos programados para a segunda divisão que deveriam disputar.

Felizmente, para os jogadores e para a nova Diretoria, tudo deu certo e as vitórias aconteceram umas após as outras e raros foram os empates ocorridos. A soma dos pontos ganhos aumentava o entusiasmo dos jogadores e os credenciava melhor para as próximas partidas.

Com os resultados positivos alcançados o time ganhou confiança e aumentou o entusiasmo e a vontade de todos para vencer a competição. Com relativa facilidade os jogos foram sendo vencidos e o Corinthians foi o campeão invicto da segunda divisão.

Como campeão da segunda divisão adquiriu o direito de disputar o Campeonato Paulista de Futebol.

Com este objetivo a nova Diretoria buscou melhorar a qualidade do elenco e contratou jogadores mais experientes para reforçar o elenco.

Os jogos do Campeonato Paulista foram se sucedendo e o Corinthians somando pontos preciosos.

Nesse ínterim, o jogador Ronaldo (o fenômeno) que estava no flamengo sem muita expectativa de melhora na sua carreira e sem esperança de poder dar seqüência na sua recuperação física e atlética foi consultado e aceitou a proposta do Corinthians.

A jogada de Marketing que o Corinthians tanto precisava aconteceu e foi maravilhosa sob todos os aspectos.

A bem da verdade, o jogador Ronaldo ainda estava fora de forma e não poderia resolver em campo aquilo de que mais precisava o Corinthians. Mas a vontade férrea de Ronaldo e a paciência da Diretoria que soube acreditar e esperar que o jogador recuperasse sua forma física e atlética foram determinante para o sucesso final do empreendimento.

O Corinthians disputou o Campeonato Paulista e se classificou com doze vitórias e nove empates.

Nessa fase classificatória apenas os quatro primeiros Clubes classificados participariam da fase final do torneio.

Classificaram para a fase final do Campeonato Paulista os Clubes seguintes: Palmeiras – São Paulo – Santos e Corinthians.

De acordo com a classificação os Clubes foram assim distribuídos: Grupo Um formado por Palmeiras e Corinthians e o segundo Grupo formado por São Paulo e Santos. Nesta disputa os jogos seriam de ida e volta, alternando assim o mando de campo.

Do Grupo “Um” o classificado foi o Corinthians e do segundo Grupo o Santos.

Na disputa dessa fase final do campeonato é bom lembrar que, por critério estabelecido na disputa classificatória para a partida final do Campeonato, o Palmeiras era favorecido com dois empates, assim como o São Paulo que formava no segundo Grupo.

Nessa disputa para a partida final do Campeonato foram classificados: Corinthians e Santos que deveriam disputar o título em dois jogos: o primeiro em Vila Belmiro e o segundo no Pacaembu.

A expectativa para esses jogos era imensa. Cada técnico se esmerava em preparar seu time e as torcidas apregoavam a superioridade do seu time e o elegiam como vencedor.

No primeiro jogo em Vila Belmiro o Santos demonstrou nervosismo e, apesar de tomar a iniciativa de atacar, seus atacantes erravam demasiado nas finalizações e, nas vezes em que acertaram o gol, o goleiro do Corinthians, Felipe, fez primorosas defesas. No outro lado o Corinthians se defendia bem e avançava nos contra ataques, muito embora o Santos dominasse a partida e fizesse constante pressão sobre o adversário.

O Santos que jogava nervoso e afobado, não conseguia vencer o goleiro Felipe que pegava tudo, enquanto o Corinthians fazia marcação perfeita, jogava seguro e tranqüilo e partia em contra ataques perigosos. Num vacilo da defesa do Santos o Corinthians marcou primeiro. Daí em diante o Santos martelava na área do Corinthians, mas nada conseguia. Seus atacantes, principalmente o Cleber que muitas vezes salvara o clube com seus gols, desta vez perdia gols incríveis.

Num lance fortuito em que a defesa do Santos rebateu uma bola dando um “chutão” para frente, o craque Ronaldo dominou a bola espetacularmente e a mandou para as redes adversárias. Depois, já no segundo tempo, recebeu pela direita um passe maravilhoso, deu um corte seco no seu marcador e, vendo que o goleiro do Santos, Fabio Costa, estava totalmente adiantado e quase na linha demarcatória da grande área, deu um toque sutil debaixo da bola que encobriu o goleiro que apenas ficou olhando a bola cair, mansamente, em suas redes.

Estava decretada a vitória. Santos 0 x Corinthians 2.

A partida decisão seria jogada no próximo domingo e as espectativas aumentaram, mesmo porque seria realizada no Pacaembu onde o Corinthians teria toda a sua fiel torcida a seu favor, além da vantagem de jogar no Pacaembu, onde o Corinthians costuma jogar bem e quase sempre vence.

Finalmente chegou o grande dia da decisão. Corinthians e Santos vão decidir o título neste jogo.

Enquanto o Santos joga no ataque e pressiona o gol de Felipe, o Corinthians joga calmo, faz marcação perfeita nos seus adversários, controla a bola no meio de campo e destrói as jogadas do Santos.

O Santos procurava sempre o gol adversário enquanto o Corinthians nem se preocupava em atacar, pois o Santos só ganharia se fizesse três gols de diferença.

Num desses ataques do Santos Cleber recebeu uma falta dentro da área e o juiz marcou pênalti. O próprio Cleber cobrou e marcou: 1 a 0 para o Santos.

Na desvantagem no placar, perdendo por um a zero, mesmo sabendo que seria campeão com esse resultado, o Corinthians resolveu atacar e, numa troca de passes rápidos que venceram a defesa do Santos, empatou o jogo: 1 a 1.

Daí para frente o Corinthias apenas tocou a bola no meio de campo deixando passar o tempo enquanto o Santos tentava o gol, mas sem sucesso.

O jogador Rodrigo deu uma entrada dura no jogador Dentinho e recebendo o segundo cartão amarelo, foi expulso de campo.

Quando o juiz apitou o final da partida a fiel torcida sacudiu o Pacaembu gritando e saudando o Corinthians que acabava de conquistar seu quinto título de maneira invicta, sagrando-se Campeão Paulista de 2009.

Parabéns ao Sport Club Corinthians que se sagrou Campeão Paulista em 2009 pela vigésima sexta vez em sua história e aos Corinthianos que acreditaram no seu time e vibraram com ele nesta conquista.

Narciso de Oliveira
Enviado por Narciso de Oliveira em 05/05/2009
Reeditado em 17/08/2010
Código do texto: T1577206