A diferença entre viver e morrer

Um homem chegou para o outro e disse: amigo você vai morrer, falando assim, desta forma, estas coisas para as pessoas. O amigo então respondeu: vou morrer? Verdade? Afinal qual a novidade que você está me dizendo? Vou morrer sim! Mas pelo menos terei servido na vida para alguma coisa, coisa que muitos na vida serviram para nada.

Viver sem sentido, sem ter feito a diferença, sem ter contribuído para alguma coisa é a mesma coisa que jamais ter vivido. “Confesso que vivi” (Pablo Neruda). Eu também confesso que vivi. Enfrentei situações adversas, com coragem e determinação e muitas vezes acreditei que houvesse chegado o meu fim, mas mesmo assim eu continuei e aqui estou.

A vida é feita de coragem. Para que coragem maior do que a mulher que cede o seu corpo ao prazer de um homem, passa nove meses alimentando outro ser dentro de si e depois serve de passagem para que uma criança venha ao mundo, sabendo da imensa possibilidade que tem de morrer e, mesmo assim jamais se entrega ao medo, enfrente e vence?

Qual a diferença que existe entre viver e morrer? Nenhuma. Vivos estamos presos ao corpo, “mortos” estamos libertos dele. O que pode destruir a vida de um ser humano é jamais ter concluído a sua missão no mundo. Vir para cá e retornar ao lar sem ter prestado à vida o seu trabalho e se prostrar aos pés do Pai envergonhado pela sua falência na vida.