UM FESTIVAL DE URUBUS

Antigos moradores dos contrafortes da Serrinha, aquela mesma Serrinha que por ser um local tão belo, alguem extasiado, olhando de Passos para lá, disse:"Mas que BELA VISTA."Num dia qualquer de um passado não muito distante assistimos atônitos a implantação de um fatídico aterro sanitário, nome pomposo que recebeu aquele simples buraco de enterrar bagulhos. Quando os enterram! E como já dizia uma antiga música "aonde a vaca vai o boi vai atraz". Parafraseando diríamos que: aonde o lixo vai o urubu vai atraz.

É exatamente sobre isto que queremos discutir; porque se realmente o lixo estivesse sendo enterrado esta urubuzada não estaria fazendo ponto por lá. Até onde estamos sabendo um urubu só baixa onde tem rango prá ele, e lá nos contrafortes da outrora tão bela Serrinha, agora tristemente poluida, enormes bandos desta voraz ave sobrevooam as propriedades adjascentes em busca do seu prato predileto, ou seja, uma carnuda ou nem sempre tão carnuda assim, mas que seja uma carcaça. E como a safra de carcaças não anda nada boa os grandes bandos sempre retornam ao lixo.

O questionamento mais incisivo que fazemos é o de que se realmente esses rejeitos urbanos estivessem recebendo o devido aterramente não estariam atraindo tantos urubus.

- A quem por função cabe implementar programas que possibilitem substanciais reduções no volume de rejeitos. Se apuradamente estudaos não me recai nenhuma sombra de dúvida de que tais rejeitos seriam substancialmente reduzidos ou então convenientemente canalizados. Ando muito por nossas periferias, e nelas constato, principalmente nos pontos de acesso à zona rural a existência de crônicas áreas de deposito de rejeito. Qualquer lote vago logo se converte em um novo depósito de lixo.

Lixo ou luxo, qual será nossa opção?