Hoje nevou

Olho pela janela do quarto tudo está branco. A temperatura deve está zero grau para que a neve fique, agora não tenho mais medo de sentir frio. Se a temperatura estiver positiva a neve não fica, vira “Macht”, isto é se derrrete e fica uma massa molhada e derretida.

Detesto “Macht”, fico contente quando mesmo com neve tem sol, mas a maioria dos dias daqui são cinzas e tristes. A alegria que trás o sol com céu azul e impressionante. Só quem sabe e quem já viveu ou vive em países frio. O calor é algo super importante.

Agora pela janela do trem vejo os campos, as árvores, as matas, tudo branco. Um branco imaculado, pois ninguém andou ou pisou na neve, nas cidades as ruas estão sempre sendo limpas e este branco imaculado dificilmente acontece .

Por um momento avisto o sol entre as nuvens bem fraco, onde está aquela forca que ele aparece nos países do sul, ele perdeu o seu calor, os seus raios são infinitivamente brando e sua luz evasiva.

Assim continuo a minha jornada. Em breve chegarei ao meu “Ziel”, isto é ao meu destino. Comigo vão muitas pessoas, ela escrevem, outras lêem, não disfrutam da paisagem bucólica.

Anda agora devagar o trem parece que vai parar, na estação aquele vai e vem de gente. Gente que entra e sai, gente em trânsito, gente que já chegou, gente que já vai partir.

Aqui neva menos, existe só uma película de neve, algum verde aparece. Algumas matas ainda estão com o tom marrom avermelhado.

Penso no animais em que nela vivem. Estão é claro acostumado com o ciclo da vida, quando há sol, luz e calor e quando há neve, escuridão e frio, como tudo que passa, o tempo passa também.

Passo por várias cidades, por várias florestas, por vários rios e lagos. O trem branco como a neve desliza ligeramente e suavemente pelos trilhos.

Vejo os pássaros que vivem o dia-dia como eu,mas um dia-dia diferente, é como lutassem para sobreviver e eu sobrevivo este dia-dia que passa com o tempo. Sou uma mero pensador que vaga na imaginação e se joga na fantasia regida pela realidadeque está presente em cada momento.

Assim viajo com o tempo, com o trem, com a neve ou com a chuva. Encontro-me na paisagem, não sou aquele pássaro que sobreviveu o inverno, sou a pessoa que vive o momento presente, ando, corro, como o trem suave e com ritmo que vai chegando ao seu destino.

Dora Bonacelli
Enviado por Dora Bonacelli em 15/12/2009
Reeditado em 23/02/2018
Código do texto: T1979350
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