O gênio Grigory Perelman a partir da sua eternidade.

É difícil compreender o sentimento humano, pois ele está preso a conceitos que o ego sustém no medo que tem o ser de se soltar inteiramente e ser a partir de sua própria eternidade. É fácil então compreender por que um gênio como Grigory Perelman, da matemática se isola e vive a sua vida no meio de baratas no seu diminuto apartamento.

O ser em sua genialidade percebe da vida nuances que o vulgo desconhece e é nesta percepção que ele sofre, pois vê a massa perdida, reclusa em paradigmas falsos sem sentido e sem direção, comandada por uma minoria ainda mais cega, ignorante e satisfeita com o resultado do seu podre poder entre os corpos que domina na força do não ser.

Mas o gênio nem sempre é um sábio. Ele tem a percepção, mas desconhece a virtude do conhecimento na consciência de se ser eterno, numa realidade aparentemente limitada e finita, mas que nos oferece com propriedade o espaço e o tempo para que possamos crescer e viver a nossa existência a partir daquilo que somos em essência e nos superar.

Quando o ser vislumbra o poder do eterno se apieda do ser humano e busca socorrê-lo, para que ele possa superar as suas limitações e ser mais, pois nós somos todos uma mesma mente e apenas quando unidos em nossas consciência podemos de fato nos libertar dos grilhões que nos prendem nas limitações que o medo nos impõe para sermos eternos já.