PEDOFILIA NA IGREJA CATÓLICA É CONSEQUÊNCIA DIRETA DO CELIBATO ECLESIÁSTICO

PEDOFILIA NA IGREJA CATÓLICA É CONSEQUÊNCIA DIRETA DO

CELIBATO ECLESIÁSTICO

Este é o título de uma das crônicas do escritor Arnaldo Jabor que ora o utilizo para o meu texto sobre o mesmo assunto.

O texto de Arnaldo Jabor - escrito por ocasião das inumeras noticias e referências de pedofilia havidas na Igreja Católica, embora dentro do seu estilo veemente, esculachado e não menos brilhante, não deixa de ter razão e por isso é verdadeiro.

O celibato dos padres da Igreja Católica é um assunto que me perturba desde os meus tempos de estudante, e me faz, hoje, me posicionar no lado contrário. Sempre me posicionei contrário a esta Recomendação que a Igreja utiliza para a admissão e formação dos padres nos Seminários.

Embora não haja proibição do casamento dos padres nos escritos sagrados e nos textos que precedem a fundação da Igreja Católica, esta opção seguida pelos mandatários dessa Igreja estão hoje fora dos contextos da vida atual. Tudo, nesta vida, começa da maneira mais simples e vai se adaptando às mudanças que o tempo exige. Permanecer, nos tempos atuais, da mesma maneira como foi instituído, para mim, é ficar estacionado no passado e condenar a própria instituição, pelos desmandos havidos no seio daqueles mesmos membros que a compõem.

No meu entender, essa regra já devia ter sido mudada há muito tempo, pois os tempos são outros e não mais comportam falhas, erros, ou impropriedades do passado.

Todas as Religiões permitem que seus ministros tenham suas esposas e possam administrar seus ministérios, vivendo como todos os demais cidadãos. Somente a Igreja Católica permanece com sua exigência descabida do celibato para os padres.

Os pastores e Bispos das Igrejas Evangélicas, assim como os Rabinos da Religião Judaica são casados e estas condições não os atrapalham nos seus ministérios.

Nesse intervalo de tempo entre a fundação da Igreja Católica e os tempos atuais que já somam mais de 2000 anos da sua fundação, a Igreja já mudou muitos dos seus conceitos e fundamentos, mas permanece a mesma quando o assunto é o celibato.

Por força da própria natureza dos trabalhos executados na criação e manutenção dos Colégios mantidos por ela através dos tempos, houve a ocasião para que esses crimes fossem cometidos e perpetuados.

Como diz o ditado: “a ocasião faz o ladrão”, esses crimes foram cometidos e permaneceram impunes, tanto pela dificuldade da existência de provas, como também pela pusilanimidade dos seus superiores hierárquicos.

Hoje a imprensa não é a mesma de antigamente. Ancorada na sua liberdade de expressão, publica tudo o que não podia publicar antes e, assim, joga ao

público todo o lodo havido através do tempo e em todas as instituições, por mais antigas elas sejam.

Toda vez que há eleição para um novo Papa fico atento para ver se aparece um de cabeça mais arejada e mais moderno em suas ações. Infelizmente, para nós que somos católicos apostólicos romanos, esse dia ainda não chegou. Embora não tenha a certeza dos trâmites e das campanhas eleitorais para essa eleição, os eleitos são sempre indivíduos ultra conservadores, que ainda vivem com o pensamento no passado e nada fazem para atualizar a Instituição a que preside.

Neste momento, a imprensa de todo mundo mostra este crime de pedofilia cometido em todos os rincões do Universo e o Vaticano, apesar de todas as desculpas pedidas, já não sabe mais o que dizer.

Muito embora sobrem os argumentos em sentido contrário e a favor do celibato, (por aqueles que o defendem), nos tempos atuais não há mais lugar para esse tipo de vida e os próprios padres de hoje sabem disso e defendem o casamento para os sacerdotes.

É tão simples enxergar e constatar que o celibato exigido para os padres é uma exigência maléfica e exorbitante que depõe contra a própria instituição e a desmerece em sua credibilidade, mas só os Papas não percebem isto. Vai um papa e vem outro e o assunto continua o mesmo, causando toda essa mácula que denigre toda essa Instituição chamada Igreja Católica Apostólica Romana.

São tantas as denuncias de pedofilia pelo mundo que nem valem a pena serem aqui comentadas. Entretanto, é preciso que o mundo tome conhecimento dessas barbaridades cometidas pelos maus padres da Igreja Católica e que o papa perceba a destruição a que está sujeito, mantendo esta perversa exigência do celibato eclesiástico.

Narciso de Oliveira
Enviado por Narciso de Oliveira em 28/03/2010
Reeditado em 17/08/2010
Código do texto: T2163716