PROJETO DE TRIAGEM DO LIXO PELOS PRÓPRIOS MORADORES E RETIRADO PELA PREFEITURA DA CIDADE

PROJETO DE TRIAGEM DO LIXO PELOS MORADORES E RETIRADO PELA PREFEITURA DA CIDADE

A destinação do lixo produzido pela população de uma cidade não é hoje um problema apenas local e atinge todo o mundo.

As Prefeituras retiram toneladas diárias de lixo da cidade e as acumulam nos chamados “aterros sanitários” que nada mais são que monturos de lixo a céu aberto, onde pululam animais indesejáveis que ali procriam e disputam a alimentação.

Além da quantidade desses animais que ali vivem, grande quantidade de urubus freqüentam esses locais também em busca de alimento. Em algumas cidades, a proximidade desses Aterros sanitários com os Aeroportos causa intranqüilidade ao transporte aéreo, já que um urubu pode causar a queda de um avião.

As Prefeituras não pensam seriamente na maneira de solucionar o problema. Dizem que para isso é preciso investir muito dinheiro e não lhes interessa gastar verbas na solução de um problema que não lhes traga votos.

Sempre que leio sobre esse assunto e vejo essa argumentação falaciosa das Prefeituras fico indignado, pois me parece que o problema não é tão grande assim. Penso que é uma questão de atitude política séria e os gastos não seriam assim tão elevados.

Bastaria que o Prefeito de cada cidade criasse uma Secretaria para cuidar somente da captação e destinação de todo o lixo daquela cidade. Essa Secretaria ficaria incumbida de providenciar, dentre todas as Empresas da cidade, aquelas que fornecessem o vasilhame para a coleta seletiva do lixo de maneira gratuita, mediante o estímulo da diminuição ou isenção dos impostos devidos por essa Empresa ao Município.

Esses vasilhames poderiam ser de plástico e nas cores internacionalmente convencionadas para receber, separadamente: vidro, alumínio, cobre, metais ferrosos, papéis e papelão, substâncias químicas e o lixo orgânico propriamente dito. Esses vasilhames seriam colocados no início, no meio e no fim de cada rua, onde os moradores viriam depositar, separadamente, o seu lixo. Nos dias estabelecidos pelas Prefeituras e sobejamente divulgados entre a população daquela rua, o caminhão da Prefeitura passaria para recolher e trocar esses vasilhames cheios por outros vazios.

Essa Secretaria cuidaria para que fossem ultimadas as separações e vendesse esses produtos diretamente às Indústrias Transformadoras desse lixo reciclado. Para o perfeito funcionamento desse sistema seria necessário que a própria Prefeitura contratasse o serviço de terceiros para que, durante três meses, percorresse toda a rua orientando os seus moradores sobre o funcionamento do sistema para a entrega do lixo. Esse funcionário deveria ser contratado entre os moradores dessa mesma rua.

Dessa maneira, 80% do lixo de uma cidade seria reaproveitado e somente 20% seria incinerado ou sofreria outro processo de destruição.

Esses 20% seriam os lixos dos Hospitais, tintas e vernizes e outros que contivessem elementos químicos em sua composição.

Assim as cidades ficariam livres desses “Aterros Sanitários” ou “Monturos” a céu aberto, que tanto prejudicam o Meio Ambiente e demandam vultosas somas de verbas das Prefeituras para resolver o problema do lixo.

Narciso de Oliveira
Enviado por Narciso de Oliveira em 14/04/2010
Reeditado em 17/08/2010
Código do texto: T2196570