O medo

Vive-se atualmente o tempo do "medo". Tem-se medo de tudo e de todos. Ninguém é confiável, nada é seguro. O simples ato de respirar, nos causa medo, pela qualidade de ar que nos intoxica diariamente.

Nossos alimentos carregados de venenos, nossos bens saqueados, nossas casas assaltadas, nossos filhos cercados por criminosos,vândalos, estupradores e assassinos.

Estamos vivendo num tempo, onde temos medo de sentir medo. O pavor é global. Somos vítimas de desiquilíbrios emocionais, que desencadeiam atitudes violentas.

Por um sorriso mal interpretado apanhamos na cara, por um beijo que aceitamos, perdemos nossa autonomia.

Nosso planeta poderia ser batizado novamente. Não íamos mais nos referir ao planeta Terra e sim ao planeta Sangue.Não teríamos mais seres humanos e sim humanamente monstros. Rios de sangue cortariam vales e montanhas. Das cataratas despencariam restos mortais de monstros menos afortunados de sorte e esperteza.

O céu perderia o brilho das estrelas, para dar lugar as incontáveis gotas lacrimais. O cenário seria do caos e da escuridão. O sol não surgiria mais, pois os entes de luz não habitariam mais esse espaço.

O tempo...contar,não seria mais necessário, pois o atropelo seria constante.

O medo se instala na evolução humana. Ridículo mas verdadeiro. A tecnologia vem sendo usada para fins lucrativos, egocentristas e criminosos. A inteligência vem sucumbindo a sabedoria. Não é ser sábio criar bombas nucleares, é ser tão somente inteligente, apto no setor da ciência e da tecnologia.

A intelectualização do homem o leva a pregar discursos primorosos e ter um vocabulário rico com palavras que encantam, mas que enganam automaticamente. Falsidade ideológica encrustrada na mente dos sem instrução, que se curvam e aceitam, sem se quer ter conhecimento a respeito.

Nunca o mundo esteve tão absolutamente perdido em seus valores primordiais.. O nosso clima está completamente desarmônico.

A tempos atras as estações do ano eram fixas, sem oscilações bruscas. Janeiro, fevereiro era o verão com calor abundante, junho e julho,inverno de geadas fortes e na atualidade, em tempos outrora de calor, ainda usamos artigos de inverno.

Enchentes repetitivas em várias localidades, sêca em demasia em outras localidades do globo terrestre, tsunamis, terremotos e tantos outros fenômenos meteorológicos fora do ciclo normal.

Pais matando filhos, filhos matando pais. Poderosos usando mal o poder que tem, usufruindo do poder que tem em benefício único e exclusivamente próprio.

Crianças desnorteadas, tentando encontrar-se nas drogas, na prostituição. O sangue jorra quente nos quatro cantos do nosso universo, clamando por socorro. Vidas sem vida, tateando no novo mundo. O mundo da ausência de Deus, e dos seus ensinamentos.

O mundo do esquecimento do ser humano como um ser divinamente humano.

Medo... medo... medoooooooooo.... temos medooooooooooo de ser feliz.

Parece que a sucessão de fatos que se fazem acontecer em nossos tempos, se multiplicarão, causando o fim da vida na terra. No livro mais lido do mundo a "Bíblia", no apocalípse esses acontecimentos são o registro dos fins dos tempos.

Não podemos prever o nosso futuro, mas podemos ter a consciência de que o atos diários que os habitantes deste planeta estão tendo, são prova incontestável do seu fim.

É a miséria humana fazendo-se rei, de um reino ao qual fomos designados apenas e tão somente como colaboradores na perpetuação de tudo o que Deus criou. Tudo nos pertence, se, formos a sua imagem e semelhança, do contrário perdemos a majestade e tornamo-nos inimigos implacáveis e consequentemente perdedores.

O medo tem que existir com certeza, mas apenas para nos dar a dose necessária de precaução, de cuidados, de alerta, quanto as consequências dos nossos atos impensados. Mas devemos aprender com ele, que se tememos tanto é porque muito está errado, e só tendo vontade é que podemos mudar. Reverter o quadro que nos envolve de medo, é a chave da nossa felicidade.

O medo nos retira da nossa liberdade. E viver presos por medo de não poder respirar, olhar para os lados, caminhar ou seja, para as ações simples do dia-a-dia, é estar numa prisão perpétua. E pássaro cativo não canta, e quem não canta seus males não espanta.

Tem-se que sentir medo, de ter a coragem de calar-se...de ser conivente com atos destrutíveis, inumanos, egoístas e totalmente errôneos e contrários a vontade divina.