PARAR BELO MONTE? POR QUÊ?

Recebi ontem por e-mail um texto com vários motivos e argumentos para que eu assine uma petição que veio anexa, numa ação popular visando parar a construção das usinas hidrelétricas em Belo Monte.

Tenho lido várias matérias sobre o assunto e posso depreender que não interessa aos Estados Unidos e à União Européia, que o Brasil continue com esta opção de energia hidrelétrica. O interessante para eles é que mudemos nossa estratégia energética para ‘usinas nucleares’, por exemplo.

Apesar de já estarmos desenvolvendo técnicas para construção de usinas de energia eólica e energia solar, pois o vento nos sopra e o sol nos esquenta full time, mesmo com os sucessivos acidentes que vêm acontecendo no Japão e os anteriores, com ênfase para Shernobyl (na antiga União Soviética), hoje Ucrânia, cuja explosão deixou o mundo em polvorosa, acredito mesmo na energia hidrelétrica e no transporte aquaviário (hidroviário) e ferroviário, uma vez que nosso país tem dimensões continentais. Agora, achamos um crime que o governo construa (isto já é velho) as usinas hidrelétricas e não construa as eclusas que dariam navegabilidade aos rios que são barrados para formação dos respectivos lagos. Alguém pode argumentar, o que é que Benedictis entende de eclusas, de navegabilidade e outros assuntos técnicos? Bem, amigos leitores, confesso que não sou nada afeito à engenharia, apesar de admirar e muito, o trabalho de homens e mulheres que se debruçam sobre uma prancheta para desenhar seus projetos, fazer cálculos, memoriais descritivos, projeções de impactos ambientais, maquetes, etc – essa não é a minha praia. Entretanto, gosto muito de ler e tenho certeza que quem deve saber o que é bom para o Brasil somos nós brasileiros. E nem tudo que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil, contrariando até um mote entreguista que circulou em nosso país, lá pelos idos de 1960!

Porque não acredito em algumas ONGs, que se dizem ambientalistas, humanistas e outros istas, é que não assinei nem assinarei tal petição para parar Belo Monte.

Um dos argumentos daqueles que querem parar Belo Monte é de que estaríamos condenando ao martírio as nossas populações indígenas. Este argumento não me emociona, quando vem da lavra dos que dizimaram os povos indígenas dos seus países. Também não me emociono com os humanistas que despejam mísseis e bombas, à torto e à direita, sem pensar nas populações civis que são diariamente atingidas, mortas, mutiladas, principalmente quando em seus territórios encontram-se campos de petróleo e outras riquezas minerais.

Por tais argumentos não me apaixonarei.

O Brasil deve sim, tomar cuidado com os brasileiros. Proteger nosso território da sanha daqueles que o querem usurpar.

Sou contrário à venda de nossas terras a estrangeiros e acho que estamos dando mole para o azar. Dizem que a compra de terras brasileiras por estrangeiros atinge milhões e milhões de hectares em todo o nosso país. Aí eu me preocupo.

Deve haver mais vigilância do governo em nossas fronteiras para evitar o tráfico de drogas e de armas. Para isso, eu assino qualquer petição.

Nossa Justiça deve ser reformulada com urgência.

As polícias devem ser unificadas.

Sou favorável à emancipação de municípios, principalmente em zonas de difícil acesso, para melhorar as condições de vida da população.

Temos muito o que fazer em nosso país.

Assino qualquer petição contrária à construção de novas usinas nucleares.

Sou à favor da lei do Ficha Limpa, da lei de Responsabilidade Fiscal, sou contrário à progressão de pena. Bandidos que matam e são condenados, quando o são, cumprem apenas um sexto da pena. Se o marginal pegar 12 anos de cadeia, cumprirá apenas dois. Isto está errado.

Juízes que indultam assassinos, assaltantes, latrocidas e traficantes de drogas - no Natal, Dia das Mães, dos Pais, dos Namorados, deveriam ser processados e afastados do cargo, responsabilizados e condenados.

Sou a favor do cidadão e contra o bandido. Direitos humanos para todos, em primeiro lugar para o cidadão e cidadã. Nada de moleza com marginais.

E, como dizia a Profª Didi, minha saudosa mãe, para não ser enfadonho, ‘estamos conversados’.

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 12/04/2011
Código do texto: T2904841
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