É preciso saber viver a vida e as relações humanas

Uma palavra mal colocada, ouvida de forma truncada, uma frase dita num momento pouco feliz ou apenas parte única, pinçada “a dedo”, de um conteúdo (verdade) bem mais amplo...e uma tempestade vem à tona!
 
Mesmo amando, às vezes esse amor não resiste à dificuldade de comunicação. Intolerância gera intolerância, quase sempre. As mágoas se acumulam e o distanciamento se faz cada vez maior entre as pessoas. Não importa quem elas sejam, pais e filhos, homens e mulheres, irmãos e irmãs, indivíduos de raças e credos diferentes, países e governos.
 
A religião e a filosofia tentam ao longo de séculos repensar a humanidade, a criação e o propósito da vida humana. Mais do que isso, em alguns momentos convergem fé e razão (lógica) para apaziguar o coração dos homens. Dar-lhes a esperança da vida eterna, da imortalidade da alma (essência universal). E assim vivemos, desde sempre, alguns com um “norte” balsâmico outros sem bússola possível para orientar a vida e acalmar a dor de existir. É necessário dar um sentido a ela para torná-la um fardo menor.
 
A beleza e a sincronicidade da natureza, cada coisa em seu lugar, nada de mais ou de menos. Os ciclos da vida de cada espécie, os fenômenos químicos e físicos que ocorrem para a vida se torne possível. Essa perfeição não pode ser fruto do acaso! Tudo tem um início, um meio e um fim, aqui entendido como a finitude em si mesma, mas que também pode ser em propósito ou causa. Dos filósofos da antiguidade, passando por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino até os contemporâneos (e lá se vão mais de 20 séculos), foram muitos os que ousaram discutir a humanidade.
 
...e o ciclo se repete...ininterruptamente...

O olhar de fora para dentro que é necessário para mudar o curso das ações e pensamentos, nos é fornecido pelo outro, na grande parte das vezes. Ao nos vermos através da ótica de outros temos a leitura possível da nossa alma feita por aquele que não vive dentro de nós. Então podemos fazer um realinhamento de idéias, uma correção de rumo...ou não.
 
Alguns de nós são menos flexíveis à forma com que a natureza encontrou para moldar nossas ações (que interferem em cada um no nosso entorno). Esses seguem vivendo uma vida mais sofrida e mais penosa do que poderiam. Mas um dia todos nós teremos aprendido...no amor ou na dor.

É preciso saber viver!