Chega do blábláblá sobre a saúde, não é mesmo?
 

Até eu mesma ando pensando que está muito “over” essa conversa.

 
E tenho que revisar meus conceitos! Hoje estava preparando o almoço ouvindo (e vendo) um DVD de Andre Rieu (live concert) e me peguei pensando em como ele tinha um aspecto saudável, (tipo “bochecha rosada”), bonito de se ver e como esbanjava alegria, boa disposição, humor e carisma. Mas na minha avaliação, segundo os critérios que aprendi, podeira inferir que o seu metabolismo estaria longe de ser o ideal para ele...
 
E então, ato contínuo, comecei a observar os músicos da orquestra. Dos instrumentistas, os de sopro eram os que apresentavam uma silhueta mais distante da desejável em relação ao diâmetro da cintura abdominal (força da profissão apenas? pela relação da distensão diafragmática pelo esforço do soprar constante?). Mas a maioria, tinha a mesma característica e pensei... quantos anos menos do que a maioria vivem essas pessoas?
 
Em que dados nos baseamos para definir as diretrizes de saúde que produzimos? A saúde é um estado dinâmico para o qual contribuem não apenas o estado físico, mas o mental  e o emocional. Por que nós que cuidamos dos indivíduos não abrimos o jogo e dizemos que cada um de nós tem seu próprio equilíbrio e que ainda sabemos pouco a respeito do que faz diferença em cada caso. Que cada um se observe e veja o que os faz mais feliz e viva uma vida de mais equilíbrio, o caminho do meio que é o da sabedoria, em qualquer aspecto da vida.

Sentir-se bem é estar feliz. E sentir-se bem não é estar “alto”, num nível acima de consciência ou estar “repleto” após uma refeição além da medida. E essa medida é individual. Depende de tantas variáveis... as mesmas variáveis que tornam as estatísticas falhas em muitos aspectos. Vamos viver com prazer, otimistas, felizes sim, mas nunca esquecendo o nosso ponto de equilíbrio.
 
Em contrapartida, o que faz dos que não moram em condomínios de luxo e têm uma vida menos abastada ser mais solidários, viverem seus momentos de alegria em companhia de seus familiares e amigos de rua e de bairro? O que torna o morador das áreas mais nobres (do ponto de vista de valorização IPTU e da paisagem natural) mais individualista e mais solitário?
 
Nada é por acaso. A gente procura agrupar pessoas e situações. Considerar suas diferenças e pontos em comum. É assim que se produzem verdades e conceitos a respeito de qualquer assunto seja ele política, moda, religião, saúde ou outro.
 
Que me façam mudar de idéia os estudiosos do comportamento, os observadores mais qualificados, que caiam sobre mim os médicos mais conservadores, mas como diz o “moto” de uma campanha publicitária bastante conhecida, “o melhor plano de saúde é viver”.

Plano de saúde aqui referido como estratégia de vida. E viver tem o significado de vivenciar a felicidade possível para cada um, sem deixar de perceber as características individuais que nos faz únicos em nossa semelhança. Conscientes das nossas escolhas saberemos escolher a cada momento a melhor opção.
 
Então, vamos viver a diferença, cada um de nós, apenas tentando o equilíbrio possível, para cada um. E uma vida longa e de qualidade para todos nós!

 
À nossa saúde! 

À nossa felicidade!