O ódio

Esse ódio que nos consome e nos deixa sem voz e sem ação. Muitos acreditam que somos um povo pacífico, mas no fundo somos um povo revoltado, resignado por anos de uma submissão covarde e injusta, que nos levou a perder até mesmo o senso de cidadania e patriotismo, que nos foi tirado, ano a ano, sem piedade.

Hoje andamos nas ruas e sequer olhamos uns na cara dos outros, para não enxergar o sofrimento expresso no olhar do nosso patrício. Sim, vivemos a cumplicidade da dor. Dor de ver bilhões do nosso dinheiro sendo arrastado por meia dúzia de pessoas de baixo calão, que sequer estão preocupados conosco, os donos.

Criam uma porção de pão e circo, para um povo do qual foi tirado até mesmo o direito à cultura e ao conhecimento, para que jamais possam reagir e ainda nos mandam recado, dizendo que é para calar a boca! Essas papagaiadas na televisão e essa pouca vergonha nas ruas no mês de fevereiro, que para o país inteiro.

Mas, tomem nota. O ódio é uma energia terrível, que consome a gente, mas que tende a explodir quando menos se espera. Fique esperto, você que se aproveita do nosso povo e tira dele o que de melhor ele tem, sua alegria. Uma hora a casa cai e, assim como Roma foi para o chão do dia para a noite, vocês também irão!