Reflexão preluza

Latrocínio agora virou ética trabalhista. Propina passou a ser a negociata dos que detem certos cargos privilegiados em nossa sociedade. Essa quebra de valores morais nos coloca frente a tantos questionamentos complexos, que fica até difícil encontrar a coerência natural dos pensamentos.

Como implantar conceitos de respeito, de honestidade, de fraternidade, de dignidade para essas novas gerações que estão surgindo?

Como... se a realidade mostra uma face que não condiz mais com os valores de outrora? A realidade atual, se mostra como Sodoma e Gomorra. Uma sociedade carregada de pecadores.

Como os pecados de Sodoma, também hoje os pecados de nossa sociedade estão relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedades, ao dinheiro,a ganância,e isso é um grande sinal da falta de compaixão do ser humano, da falta da presença viva de Deus no próprio homem, que não se vê mais no outro, que não se vê mais irmão de ninguém, que não se vê mais com ímpetos de afetividade, de amor, de bem querer.

A situação do mundo atual é preocupante...pois é notório que os valores estão se degradando e as conseqüências são tão graves que até o bem mais nobre do ser humano, qual seja a “vida”, está sendo banalizado. Por motivo fútil tira-se de outrem, parecendo ao cidadão comum viver numa selva urbana.

Embora quase não se fale mais das virtudes, isso não significa que não precisemos mais delas e defeitos todos nós temos, mas é melhor ensinar as virtudes que condenar os defeitos e viver uma vida atribuindo um valor excessivo ao que na verdade nenhum valor tem.

Hoje é muito difícil o homem conviver com a natureza social do próprio homem.

Pensando nessa gama de novas geraçoes que surgem me pergunto: Qual será o novo arquétipo de estrutura social que a quebra de valores poderá vir a erguer?

Não sei se eu encontraria uma sensatez, numa arriscada série de respostas que eu poderia dar a essa pergunta. Não seriam respostas positivistas, pois o sol parece ter se encoberto indefinitivamente e o mundo esta mergulhado numa escuridão horrenda e catastrofica.

Esse é apenas uma pequenina raíz, das muitas ramificações dos meus questionamentos, mediante o que a vida me revela em seu transcorrer do tempo, que nunca volta, que nunca apaga o mal ou o bem feito. O tempo que leva tudo, que grava tudo mas não deleta nada. É o filme que Deus faz e que um dia assistiremos novamente com todos os detalhes.

Espero, desejo esperançosamente que nas gerações futuras, o amor venha sempre a emergir entre outros valores existenciais, como a força intrínseca da moral que faz com que homem ame o seu semelhante, ame a si mesmo, em busca da perfeição material e espiritual. Pois acredito que o amor como valor, transcende o humano e torna o mundo brilhante, agradável e prazeroso. O amor é como uma fonte que jorra alegria e para tanto, há que se ter fé, em si mesmo, no próximo, na sociedade e no Estado como organização da qual o homem não pode eximir-se, mesmo tendo essa degradação dos valores dia após dia, mesmo tendo essas demonstrações de ignorância de alguns que pensam ser tudo e ter tudo e na verdade nada tem e nada são, a não ser mal exemplos e dignos de piedade.

A saúde é considerada como o valor maior para o conforto da vida, a vida com saúde permite que o homem sonhe e durma menos e aspire pragmaticamente à materialização de seus sonhos, mas sem a necessidade de sair atropelando tudo e todos, mas sem ser egocentrista e egoísta, sem esquecer os valores primordiais da vida, que visam o bem comum.

Antes de finalizar minha reflexão, acho importante falar, apesar da crise de valores em que vive a sociedade humana, na família, a célula mater da sociedade que é a mais atingida por essa quebra de valores que desfigura o encaixe perfeito de cada ser no mundo.