Sobre a transcendência

Quando nasce, o bebe nada mais é do que uma alma incutida dentro de um corpo, que ele recebeu como instrumento. Nos primeiros anos de vida fica ele se assenhoreando deste instrumento nos mínimos detalhes, conhecendo desde as mãos até os pés, mordendo e sentindo o cheiro de si, para se conhecer.

O que isso significa? Significa que para conhecer os outros é preciso nos conhecer em primeiro lugar, essa analogia parece óbvia e certamente é. Se eu quero conhecer o mundo, primeiro tenho que conhecer todas as propriedades que envolvem o meu próprio ser, desde a sua essência primeira e os seus fundamentos.

Tenho que compreender a minha origem e saber que eu estou além e em tudo o que me envolve e, principalmente que eu posso transcender a tudo isso e formar em mim um poder que toca e supera todas as minhas dificuldades e que, estas dificuldades são apenas o móvel que me leva a ser melhor e mais, sempre.

Assim como a criança vence todos os seus desafios, exercitando-se constantemente, nós também precisamos nos exercitar para continuar vencendo os nossos desafios. Eles são sempre internos e se refletem no mundo para nos auxiliar a compreender o seu motivo e descristalizar a sua formação.