BRASIL EM ALTA

Nessa última semana, assistindo a um desses telejornais noturnos da televisão, fiquei, deveras, atônito e pensativo, ao ouvir que na Europa – mais especificamente, em Londres – muitas pessoas estão estudando português. Surpreso? É isso mesmo! Muitos ingleses estudando português e, inclusive, já há casais por lá que, quando vão contratar uma empregada ou babá, dão preferência às brasileiras, para que seus filhos possam aprender o idioma praticando, bem como para que as crianças aprendam com mais facilidade.

Engraçado é que há alguns anos sempre ouvíamos que para nós brasileiros não bastava aprender apenas a língua materna, que teríamos de aprender outro idioma – de preferência, o inglês -, que era o idioma, digamos, comercial, o idioma dominante. E isso ocorria, principalmente, devido à importância econômica de países como os Estados Unidos e a Inglaterra.

Com o advento das últimas crises econômicas mundiais, entre 2008 e 2011 que, obviamente, vem causando um grande desequilíbrio ao sistema financeiro, tanto nos Estados Unidos, como nas nações européias (Itália, França, Grécia, Alemanha, entre outras nações do bloco do euro), o Brasil vem se mantendo, praticamente, intacto, ileso, conseguindo manter sua economia em ordem, ampliar suas indústrias, elevando sua balança comercial a patamares jamais alcançados antes. Inclusive, o nosso país, nos últimos anos, passou de devedor a credor do FMI – Fundo Monetário Internacional.

O que significa isso? Que antes vivíamos condenados ao atraso, ao subdesenvolvimento, vivíamos de pires na mão, sempre a pedir esmola para fechar as contas, todos os anos. No entanto, hoje já nos colocam entre as seis melhores economias do planeta, o que nos deixa muito orgulhos desse feito magnífico, para um país que era – não faz muito tempo – apenas a 20ª economia do mundo.

Essa compreensão do nosso avanço econômico nos faz crer – e não apenas a nós brasileiros – que o interesse por nosso país será cada vez maior, o que exigirá dos nossos governantes uma grande responsabilidade, pois, precisamos estar preparados para figurar entre as nações mais ricas do mundo. E estar preparado para tal requer mais investimento na educação, na saúde, na segurança e no bem-estar dos menos favorecidos, dos que estão abaixo da linha da pobreza, posto que, embora a qualidade de vida do brasileiro tenha melhorado, ainda falta muito para que o nosso povo chegue ao patamar desejável.

Se o Brasil é a “menina dos olhos” do mundo, que não percamos a oportunidade de elevar as condições de vida do nosso povo, transformando essa nação num lugar cada vez mais aprazível e melhor de se viver, reduzindo índices de violência, melhorando a qualidade da educação oferecida aos nossos jovens e a saúde ainda tão precária para a maioria dos brasileiros.

Rodelas/BA, 28 de dezembro de 2011.

Prof. Generino Gabriel

GENERINO GABRIEL
Enviado por GENERINO GABRIEL em 15/02/2013
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