ÁGUA FRIA NO AMOR
 
Homem e mulher deixados para procriar por Deus segundo as escrituras sagradas vivem um a procura do outro, quando se encontram, ou pelo menos pensam que encontraram vivem momentos maravilhosos. Começa com a atração, depois a paixão e se confirmado, o amor, até enquanto dure. Mas qual seria então o prazo em anos de duração desse amor? 25, 50 ou até que a morte os separe?
 
Para o bem da verdade muitas são as condições que podem colaborar para isso, assim também como podem colaborar para não durar nem míseros seis meses. Normalmente, quando um casal se conhece existem apenas os dois, depois começam a chegar os filhos, aí a coisa pega. O trabalho da esposa dobra, preocupação, não existe mais tempo para um bom vinho a dois. Vem o excesso de peso de ambos, ninguém se cuida mais, na primeira vacilada o homem pega aquela gatinha e aí em pouco tempo acaba tudo.
 
Mas então qual seria o principal fator que ajuda, digamos assim, a acabar o que um dia já foi maravilhoso? Ao certo ninguém tem a resposta, porque se assim o tivesse seria o maior dos psicanalistas, aquele que reconstruiria qualquer relacionamento que estivesse de ladeira abaixo. Quando se começa um namoro é tudo maravilhoso, com a chegada dos filhos complica, e quando os nubentes já tem os filhos? Será que podemos dizer que a coisa já começa muito complicada? Bom, se os filhos forem os culpados pelo fim do amor então podemos afirmar que sim.
 
O homem assim como a mulher que estão solteiros procuram alguém que possam lhe suprir de amor, claro, todos precisam amar e ser amados, ou alguém coloca em primeiro lugar dinheiro? Se você pensou assim precisa de ajuda. O amor é essencial para se viver, para está alegre, sorridente, feliz. Quem ama seus males espanta, trocadilho da minha mãe. Quando se ama, se releva, conta até dez, finge que não viu. Mas considerando que esse casal tenha filhos, ou que apenas um deles o tenha, como fazer para contornar as situações em que o filho ou filhos provoquem confusão e situações constrangedoras para o casal?
 
Costumo dizer que agora vivo um momento de puro egoísmo, principalmente se eles, meu filhos, me atrapalham no meu relacionamento, não aceito intervenção de ninguém, explico: cada filho tem ou terá sua própria vida, na qual, com absoluta certeza eu não estou incluído, falo em vivermos na mesma casa. Cada um tem ou terá um par, viverão suas próprias vidas, em suas casas, onde e quando decidirem viver, e se, por uma desgraça do destino, eu não tivesse posses e nem condição de trabalhar seria apenas um peso morto atrapalhando suas vidas. Portanto, procuro alguém para conviver, que goste de mim, quem sabe envelhecer ao seu lado. Amo meus filhos, mas eles jamais me moldarão, farei tudo por eles e deles nada espero, até porque já tive decepções por esperar por filho, e não sou a exceção, basta você visitar um asilo.
 
Se meus filhos tentarem atrapalhar meu relacionamento jamais deixarei isso acontecer, porém, se os filhos de uma namorada assim procederem, também não aceitarei, se ela assim o permitir é porque de fato ela não nasceu pra mim, e que em algum lugar há uma pessoa que me espera, mesmo não tendo toda a beleza escultural feminina, mas certamente será provida de dignidade humana. É inadmissível que os filhos joguem um balde de água fria no amor de seus pais, já que em sua velhice jamais os suportarão, por vários motivos. Por fim, filhos devem ser amados, mas jamais tomar o lugar daquela que poderia ficar ao seu lado até que a morte os separe.