Alguém aí vem ler para mim?

O dinheiro que gastamos em impostos deve ser investido em educação, saúde, transporte, esporte, lazer, infraestrutura, segurança pública, habitação, meio ambiente etc. Grande parte desse dinheiro é desviada pela corrupção. Ficam faltando, pois, educação de boa qualidade, saúde pública, transporte, segurança, entre muitas outras coisas. O dinheiro dos impostos não está sendo, pois, utilizado para o bem das pessoas.

O Brasil é um dos países que possuem a maior carga tributária. Agora, o governo brasileiro quer criar mais um imposto, que atinge todos os brasileiros que trabalham e que pagam suas despesas pessoais. Nesse novo imposto, serão arrecadados R$ 85.000.000.000,00 (oitenta e cinco bilhões de reais) por ano. Se esse desejo tão popular e bem-intencionado for aprovado, o povo deste país vai aumentar a sensação de estar vivendo em berço esplêndido.

O povo tem o governo que merece, que escolhe. Engraçado é que muitas pessoas ainda são gratas a esse tipo de governo. O povo arca com todas as despesas, tanto as pessoais quanto as despesas feitas pelos políticos. Os políticos são funcionários do povo, mas muitas pessoas do povo não tiveram a oportunidade de enxergar a realidade, de saber como funciona a sociedade. Muitas pessoas que tiveram a oportunidade de enxergar a realidade, porém, se fazem instrumentos de um governo que rouba o povo e ainda ganha a simpatia e a gratidão de muitos integrantes desse mesmo povo. Onde está o senso crítico? Onde está a justiça?

Acho que vou queimar os livros de filosofia que tenho em casa. Acho que não vou mais mostrar aos alunos o que está nos livros de filosofia: o que é a política e o que é a politicagem; que, no Brasil, o que vemos não é a política, mas a politicagem. Vou ensinar a adesão ao PT. Talvez eu esteja vendo nos livros o que não há. Eu preciso de alguém que venha ler um pouco dos meus livros de filosofia que estou usando na escola, porque talvez eu esteja imaginando o que não há nos livros de filosofia que eu uso na sala de aula. Talvez eu esteja fantasiando tudo.

Fico tentando imaginar como funciona a cabeça de gente que se passa por gente do bem e bem-informada. Alguém se dispõe a ler um pouco para mim do que é pedido que se ensine nas escolas? Ou será que eu devo ensinar uma coisa, e viver de modo totalmente diferente? Querem uma confissão: ontem, na apresentação de um assunto em sala de aula, eu senti uma responsabilidade tão grande sobre mim... Eu senti a necessidade de viver o que eu ensino. Eu vim de São João dos Patos pensando muito sobre isso. Eu tenho um ideal para mim: eu quero ser um homem justo, íntegro, verdadeiro, solidário, compreensivo, humilde, bem-educado. Que ideal!!! Será que eu conseguirei? Mas, compreender aqueles que defendem um governo corrupto, e não o bem do povo não é fácil. Onde estão as pessoas que deveriam educar, mas deseducam?

Eu preciso de alguém que leia um pouco do básico sobre política que eu tenho nos meus livros, pois eu não sei se o que eu digo é verdade ou fruto da minha cabeça tão diferente de tantas outras cabeças. Talvez eu esteja vendo o que não há.

Político, meus amigos, não é para ser defendido. Político é para representar o povo. Se um político não faz o que prometeu, o que deve fazer para o povo, esse político deve ser trocado por outro político, porque o objetivo não deve ser a manutenção de um grupo no poder, mas o bem coletivo. Vote em alguém em quem você reconhece a capacidade de representar os interesses do povo, mas, se esse alguém não fizer o que deve fazer, deve-se votar, depois, em outro. Isso é democracia. Quem fica mostrando os erros de outro político porque o seu político também erra, para tentar justificar os erros do seu político, esse alguém não está agindo bem. Será que eu entendi bem essa parte da psicologia? Será que eu devo confiar nas orientações psicológicas dos livros que já li (na tentativa de melhorar continuamente, por uma questão pessoal), ou eu devo usar os erros de outros políticos para mostrar que não é só o PT que erra? Se eu fizer esta última coisa, eu não estarei usando bem o que aprendi.

VEJA: OS ERROS DOS OUTROS NÃO TRANSFORMAM OS MEUS ERROS EM ACERTOS. NÃO IMPORTA SE O OUTRO ERRA OU NÃO. O IMPORTANTE É QUE CADA PESSOA PROCURE FAZER O QUE É CERTO.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 28/08/2015
Reeditado em 28/08/2015
Código do texto: T5361895
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