O GRANDE ACORDO (ACORDÃO)

Há dias circula nos meios políticos de Brasília a efetivação de um grande acordo, cognominado de ACORDÃO, desde a indicação do Procurador Geral da República que, segundo tais fontes, seria, ora por diante, o grande ‘ENGAVETADOR GERAL’ que Geraldo Brindeiro ex-procurador, personificou em tempos pretéritos.

Poucos dias depois de sabatinado e aprovado pelo Senado, veio a inusitada ‘reprimenda’ que Janot deixou expressa ao ministro Gilmar Mendes do TSE e do Supremo. Sem qualquer necessidade, segundo políticos, apenas no desejo de ‘manifestar-se para quem de direito’ que vai dando os primeiros passos.

Outra corrente, não menos pessimista, garante que os réus da operação Lava-Jato, mesmo os condenados pelo Juiz Sérgio Moro, terão outro tratamento quando seus processos subirem para o STJ em grau de recurso. “Esse pessoal não vai ficar preso por muito tempo” – é o que afirmam tais fontes.

Na verdade, ninguém quer colocar seu nome neste caldeirão e atrair a ira de quem pode, de propósito ou por engano, como agiram com o ex-senador Luiz Henrique (PMDB/SC), (que teve sua morte abreviada em conseqüência da perseguição que sofreu, acusado de corrupção, segundo a PGR, por erro). Daí porque, qualquer pessoa pode ser acusada injustamente e nada pode fazer, além de sofrer as retaliações políticas e levar a família ao desespero. Para quem comete crime, isso é natural, mas para os inocentes, é uma condenação antecipada e perversa.

Voltando ao ACORDÃO, em duas semanas a presidente Dilma, totalmente desnorteada no seu descomando do governo, enviou três peças orçamentárias com diferentes resultados de superávit. A primeira com mais de 100 bilhões positivos, a segunda com 8 bilhões positivos e agora, com 30,5 bilhões negativos. Quem são os autores de tais descompassos? Joaquim Levy, Nelson Barbosa, Mercadante e Dilma, que assina tudo que lhe colocam na mesa. (???!!!)

A presidente joga no colo do Congresso Nacional um projeto de Orçamento para 2016, para que deputados e senadores cortem gastos e adequem-no ao equilíbrio das contas de receita e despesa. Pergunto: Se deputados e senadores quiserem cortar pessoal do Executivo, diminuir número de ministérios, etc. Eles poderiam fazê-lo? A resposta é não. Tais assuntos são da competência EXCLUSIVA da presidente da República. Vê-se que é uma armadilha para chantagear o Poder Legislativo e jogá-lo contra a população. Qualquer coisa errada que saia daí, a culpa será atribuída ao Congresso e a presidente... Só gasta, gasta, gasta o dinheiro do povo, impiedosamente. Será que ela é alienada?

Além de suas palavras sem nexo, a presidente parece que perdeu a noção de tudo. Foi para os Estados Unidos com uma comitiva de mais de 120 pessoas, entre elas sua filha, gastou milhões de reais, alugou 50 veículos entre limusines (aquelas de oito portas, compridas), vans, ônibus e caminhão baú para a bagagem e viajou sem pagar, deixando os credores a ver navios. Depois que a imprensa internacional divulgou o fato e colocou o Brasil numa situação ridícula, ela mandou pagar a metade. A outra metade não sabemos, pois ninguém mais fala no assunto. Certamente já foram pagos.

Voltando ao ACORDÃO, neste imbróglio, antes mesmo da sua criação, a presidente chamou para jantar os presidentes do Supremo – Ricardo Levandowsky, o próprio Renan e outros membros do judiciário como também o PGR Rodrigo Janot e após as tratativas seriam beneficiários Renan Calheiros – presidente do Senado e outros parlamentares envolvidos no propinoduto da PETROBRAS. É difícil de crer numa manobra tão indesejável, mas lembremo-nos que o atual presidente do Supremo, quando era o Revisor da Ação Penal 470, foi responsável pela atenuação das penas dos condenados no MENSALÃO. Portanto, tudo é possível de se prever, já que sua força aumentou e muito, ao ser guindado à presidência. No Tribunal Superior Eleitoral, outra raposa – Dias Toffoli, comanda as ações e não podemos confiar que um ex-advogado do PT vá agir contra quem o tirou do anonimato para dar-lhe lugar de destaque na vida pública.

Por essas e por outras, fiquemos com ‘as barbas de molho’, já que tudo pode acontecer. Ou nada, nada, nada!!!

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 03/09/2015
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