O CONGRESSO NA NOITE DOS MASCARADOS

Assisti toda a sessão do Congresso Nacional, realizada na noite de terça-feira, 22 de setembro de 2015.

Desde o seu início, notei que algo de podre havia sido previamente combinado entre o partido do governo e seus aliados. Durante o longo dia, a presidente entregou aos urubus do Brasil, pasmem, cinco ministérios, entre os quais, o Ministério da Saúde. Nada acontece de ruim em nosso país que não possa piorar. A presidente dá tudo para manter-se no poder. E que se dane o povo brasileiro.

Assisti discursos e discursos por toda a noite até a madrugada. Nas cédulas de votação, o embuste já se descortinou, nenhum dos quase trinta vetos ali contidos foram derrubados, uma vez que seriam necessários 257 votos que a oposição não tem e que o governo, com o famoso ‘toma lá, dá cá’, conseguiu costurar por todo o dia, através de Temer, Renan, Eduardo Cunha, Delcídio e José Guimarães, figuras mandrakianas, verdadeiros vilões, alguns deles em vias de serem denunciados por terem recebido os ‘pixulecos’ identificados na operação ‘Lava-Jato’.

Tristes dos aposentados e pensionistas do Aeros (da Varig) que, mesmo com sentença do Supremo Tribunal Federal - transitada em julgado, que obriga o governo Dilma a pagar seus proventos, vão morrendo sem receber o que lhes é de direito, apenas porque, numa manobra vergonhosa para driblar a sentença do STF, quem sabe instruída por alguém que conhece bem do riscado da dissimulação, a presidente emitiu um projeto de Lei e enviou ao Congresso para que votasse tais pagamentos. Há meses os velhinhos e velhinhas – aposentados e pensionistas do Aeros, sofrem com viagens a Brasília e deputados e senadores não se sensibilizam com tal situação, levando à morte, dezenas de velhinhos (as), de mais de 80 anos de idade, que vivem à míngua por falta do pagamento dos seus proventos. É esse o Brasil do PT.

Voltando à sessão do Congresso Nacional, uma mis-em-cène ridícula levada a efeito por homens e mulheres que deveriam se respeitar e respeitarem o povo brasileiro, dão demonstração de total desavergonhamento numa hora em que o país tanto conta com sua redenção. Não satisfeitos em roubar a PETROBRÁS, com tantos empreiteiros presos, ainda assim, realizam uma sessão que nos envergonha a todos.

Até já pensei em deixar de assistir a TV Câmara e TV Senado, pois as sessões são feitas para ‘inglês ver’, tudo encenado. O que se vota num dia se desfaz no outro. É esse o retrato do nosso país. A oposição às vezes comporta-se bem, outras faz o jogo dos donos do poder e os urubus do PMDB envergonham a sigla que teve homens da estatura de Paulo Brossard, Pedro Simon, sem Falar em Ulisses Guimarães e Teotônio Vilela. Esse tempo acabou. Resta-nos a mortalha e a carniça que os urubus banqueteiam à custa da desgraça do Brasil. É isso.

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 23/09/2015
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