AS MINHAS QUARENTENAS

AS MINHAS QUARENTENAS

Dia dezenove de março de dois mil e vinte completamos uma quarentena de muita luta e trabalho. Aos dezenove de março de mil novecentos e oitenta, após quatorze anos enfrentando a dura realidade na lida rural, lavrando a terra, aqui chegamos minha esposa e eu, com certas duvidas e a incerteza se estava no caminho certo, mas trazendo em nossa bagagem muita fé e um grande desejo de lutar pela vida. Começamos praticamente do nada trabalhando ininterruptamente, (18) dezoito horas por dia. Sem trégua e protegidos pela luz divina, tendo como prioridade o amor ao próximo e agindo com lisura e honestidade. Foram quatro décadas sem si quer um dia de férias, exceto por motivos de saúde quando por algumas vezes fomos hospitalizados.
Em nosso trabalho colocamos Deus em primeiro lugar, em seguida nosso cliente sempre o respeitando. Passamos por muitas situações difíceis, mas sempre de cabaça erguida e trabalhando, conseguimos superar.
A primeira vez que ouvi a palavra quarentena foi por ocasião na missão dos astronautas a lua, quando ao regressar foi submetida a quarenta dias de isolamento por precaução. O pessoal de menor conhecimento que sempre imaginou que a lua fosse um objeto sagrado pertencente à magia divina ficou estarrecido com o feito dos americanos. Muitos duvidaram dizendo ser invenção cinematográfica.
Agora com esta pandemia global a palavra quarentena tomou conta da mídia e tornou parte do nosso vocabulário, no nosso dia a dia. Causando-nos desconforto, condenados por um micro-organismo invisível. Nós os idosos somos reféns aprisionados em nossos domicílios. Permita Deus que esta situação seja passageira que a vida vença a morte e nos liberte desta prisão. De qualquer forma vamos colaborar sendo pacientes e solidários!


 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 21/03/2020
Reeditado em 17/04/2020
Código do texto: T6893106
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