DÚVIDA X ESPERANÇA

Texto: Hebreus 6.13-15

Baseado no livro Gente como a Gente

INTRODUÇÃO: A esperança é um sentimento que deve estar sempre presente em nossos corações.

Nossos corpos, através do sistema nervoso, foi concebido para suportar uma enorme carga de estresse e pressão emocional. Deus nos criou aptos para enfrentar fases de doenças, reviravoltas financeiras, desapontamentos familiares, desemprego ou mesmo a morte de um ente querido. Tudo isto, e ainda muito mais, é possível encararmos, se não perdermos a esperança.

É exatamente este sentimento que me impulsiona a seguir em meu caminho quando me sinto cansado. É por este motivo que em Hebreus 6.19, Deus chama a esperança de “Âncora da Alma”. Quando a esperança é uma âncora, ela nos mantém firmes em tempos de intensa crise.

Nos últimos meses passando por tempestades e provações; observo que a dúvida, sutilmente, se aloja em nossa vida como o cupim em uma casa. Imperceptivelmente, esse inseto começa a destruir um móvel de valor ou mesmo o alicerce da casa. E é assim que age o “cupim da dúvida”; disfarçadamente, ele corrói nossa fé. De repente, uma forte tormenta abala a edificação. Em alguns casos, a estrutura cede e a moradia desmorona.

Durante esses momentos tempestuosos, nas noites escuras de tragédia e calamidade de nossas almas, é que começamos a sentir o efeito destrutivo de nossas dúvidas.

Quero falar sobre o que pode ocorrer quando a intensidade da dúvida assume proporções gigantescas.

1 – QUANDO A DÚVIDA ASSUME PROPORÇÕES GIGANTESCAS, COISAS ACONTECEM: Em primeiro estágio coisas acontecem e acredito que elas nunca deveriam ter acontecido.

Há épocas em que nosso Deus, amoroso e gracioso, permite que algo ruim aconteça a uma pessoa boa. Por exemplo, quando uma mentira se sobrepõe à verdade e ganha os ouvidos da maioria; quando acusações falsas difamam um indivíduo e parece não haver um modo de consertar o erro. Por que, então, Deus permite que acontecimentos ruins atinjam pessoas boas? O dano que esta pergunta causa, quando não respondida, é semelhante ao do cupim devorando incansavelmente nossa casa, e a dúvida vence.

2 – QUANDO A DÚVIDA ASSUME PROPORÇÕES GIGANTESCAS, A INCERTEZA AUMENTA: Se creio que certas coisas nunca devem acontecer, mas elas não ocorrem a incerteza aumenta. Este é o segundo estágio.

É quando espero que o Senhor diga SIM!; Mas sua resposta é NÃO!. Às vezes Ele diz SIM!: “Sim, darei graça suficiente para você superar esta crise. Vou te ensinar lições profundas e depois quero te usar de uma forma mais ampla. Vou te dar muita saúde para que você me glorifique”.

É verdade, às vezes Deus diz sim. Porém, há outro lado da moeda. Há ocasiões em que Ele não cura, em que Ele não restaura. Quando estou aguardando um “sim” do Senhor e recebo um “não”, a desconfiança se multiplica em meu íntimo.

Neste período de provações que nosso Pai Celestial permitiu que atravessássemos, lembro-me ainda que Deus controla dois fatores em nossos momentos de dor: O termômetro – quanto calor pode ser liberado – e o relógio – por quanto tempo o calor deve perdurar.

3 – QUANDO A DÚVIDA ASSUME PROPORÇÕES GIGANTESCAS, AS COISAS DEVEM ACONTECER IMEDIATAMENTE: O terceiro estágio que favorece o crescimento da dúvida é quando creio que as coisas devem acontecer imediatamente; agora, mas elas só se concretizam mais, e mais, e mais tarde. Sempre que o senhor nos diz Espera, Espera, Espera lutamos contra Seu tempo.

Quero falar de um arbusto conhecido como “Bambu Chinês”. Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, absolutamente nada, por 4 anos – exceto o lento desabrochar de um diminuto broto. Durante 4 anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros.

CONCLUSÃO: O livro de Hebreus aborda esta questão da pressão e crise emocional e as atitudes a tomarmos diante dela, mesmo se recebermos um não divino quando antecipávamos um sim e, especialmente, quando Ele determina “espere” e nós aguardávamos uma resposta imediata. “Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente te abençoarei e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.”

Não deixe o cupim da dúvida corroer sua esperança. Tenha a mesma esperança que Abraão, para assim obter a promessa do Senhor sobre nossas vidas!