Mananciais no deserto 1: Água, elemento importantíssimo nas estratégias de guerras, físicas, comerciais e espirituais.

“Mananciais no deserto”, se não me trai a memória, foi uma série de artigos escritos século passado e reeditado na atualidade. Não me lembro de havê-los lido na íntegra. Guardo na memória apenas o título, por mim aqui tomado por empréstimo para esta série de reflexões puxadas pelo gancho temático oferecido pelo pelo produto água cuja escassez é vivenciado em SP e outras cidades.

O capitulo 26 de Gênesis servirá como respaldo bíblico para nosso refletir. O mesmo contém matéria suficiente para encher várias páginas de um livro. Não é esta a proposta aqui. Resumidamente elencarei alguns tópicos ligados ao tema água e sua dupla utilidade como estratégia de guerra. Seja guerra espiritual entre o bem e o mal ou guerra física entre pessoas.

1º- Fome e sede no Planeta Terra é um transtorno milenar, presente desde os tempos de Abraão, aproximadamente 1900 a. C..

2º-O problema da fome com raras exceções sempre surge paralelo ao infortúnio da seca. Faltando água logo faltarão alimentos.

3º-Ambas as situações requerem medidas urgentes. No caso relatado em Gênesis 26, a solução foi a escavação de poços, os quais já haviam sido cavados por Abraão. Posteriormente foram entulhados e na sequencia escavados por Isaque seu filho, e herdeiro dos poços.

Relato similar é encontrado em II Reis 2.19 a 22.

Elias fora elevado aos céus e Eliseu o sucede no posto sacerdotal.

De imediato sua primeira tarefa foi resolver o problema de um local no qual as águas eram amargas, ruins, impróprias ao consumo, causando inclusive esterilidade nas mulheres. As quais bebendo daquelas águas não engravidavam ou abortavam, caso engravidassem.

Retornando ao Gênesis cap.26 veremos que Abraão ao morrer deixou s poços para Isaque seu filho como parte de herança. Fato que gerou muita inveja nos filisteus do vale de Gerar onde vivia, os quais entulharam cada poço. Três dos quais foram reabertos pelos pregados de Isaque na época em que os filisteus começaram a guerrear com ele pela posse dos poços e sua água.

4º-Desde aquela época, poço e água já eram considerados bens preciosos e essencial à vida. Sua posse gerava inveja e olho grande em quem não os possui.

5º-Desde o episódio dos poços cavados por Abraão a água é vista como elemento importantíssimo para manutenção da vida no Planeta e utilizada como produto estratégico nos vários formatos e tipos de guerras.

Na pós-modernidade não é diferente. Afirmei alguma mentira?

Por que na pós-modernidade o elemento água doado gratuitamente por Deus é recolhido e vendido a preço de ouro?

Deus algum dia cobrou sequer um centavo pela chuva que cai gratuitamente na terra, rios e mananciais?

Recentemente uma repórter chegando ao cumulo do descabimento ao afirmar: “Não está chovendo nos lugares certos que seria dentro do reservatório Cantareira”. Tive a nítida impressão de que tal repórter estava quase a condenar Deus por não obedecer aos humanos ordenando que as chuvas caíssem bem dentro da Cantareira.

Um pouco mais de reflexão e conhecimento do texto bíblico e realidade no campo, e ela entenderia o que tem ocorrido.

Nas selvas de pedras, nas metrópoles de concreto, o asfalto cobre extensões imensas. Impermeabilizando ruas e praças impedindo que as águas das chuvas escoem com facilidade morro a baixo.

E ainda há humanos que se crêem no direito de exigir que Deus evite as enchentes derramando chuvas somente dentro dos reservatórios por eles construídos. Para além de os humanos a armazenarem e cobrarem preços exorbitantes pelo armazenamento e purificação das impurezas por eles mesmos despejadas nas águas dos mananciais.

Quem polui rios, fontes, lagos e mares? Oi Logo, logo venderão ar engarrafado, como sarcasticamente o afirma um personagem do interessantíssimo filme “The lorax” e a trúfula perdida. https://www.youtube.com/watch?v=gWhtvA9DZyU

O qual mostra a que ponto chegam os absurdos resultantes da ambição desmedida evidenciadas no desmatamento desenfreado e inconseqüente.

Enquanto o absurdo da venda de ar engarrafado sugerido pelos maketeiros no filme The lorax não se concretiza, vendem-se ventiladores, condicionadores e “sprai” perfumados para eliminar o cheiro fétido dos poluentes atirados ao ar pelos mesmos humanos. Purificadores de ar em “sprai” os quais aumentam os problemas na camada de ozônio. Ventiladores e circuladores de ar, os quais geram o aumento no consumo de energia elétrica também retirada da água, ao invés de se fomentar o aumento na produção de energia eólica. Todavia, pouco utilizada se comparada com a grande demanda de energia num país tão vasto.

Implantada desde 1992 quando a primeira turbina foi lançada no Brasil. https://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-brasil/

Seria o desmatamento desenfreado, mal planejado responsável pelas mudanças climáticas? Ou a explosão da mecanização responsável por milhões de kilômetros de agricultura sem uma árvore de pé para não “atrapalhar” a passagem das máquinas e colheitadeiras?

Os artigo em destaque oferecem boa contribuição para melhorar o entendimento sobre o desiquilibrio natural e falta de água, elemento da reflexão.

“OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO CULTIVO DE SOJA NO BRASIL” Por: Clarissa de Araújo Barreto. Ver só site a seguir:

http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro2/GT/GT05/clarissa_barreto.pdf

“Análise dos Impactos Ambientais da Atividade

Agropecuária no Cerrado e suas inter-relações com os

Recursos Hídricos na Região do Pantanal” Consultoria : Andréa Aguiar Azevedo (ECO/ UnB)

//Colaboração: Jorge Luiz Gomes Monteiro (GEO/UFMT) Ver no site a seguir:

http://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/wwf_brasil_impactos_atividade_agropecuaria_cerrado_pantanal.pdf

Ao longo de décadas, arrancam-se árvores frutíferas por serem trabalhosas no ato da colheita de seus frutos, plantando-se soja e trigos em seu lugar, pois, ambos são produtos de rápida produção e mais fáceis de serem colhidos. Todavia, árvores frutíferas de grande porte, as bananeiras ajudariam na retenção das águas nos solos e rios.

Por que há tanta seca em lugares outrora úmidos?

O nordeste e regiões de Mato Grosso, hoje conhecida como serrado não foram sempre secos.

O humano tem 75%de água em sua composição física. Portanto dela depende em larga escala, todavia não utiliza com a necessária parcimônia.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAx3sAK/composicao-quimica-carne.

Somente agora se dá conta do grande risco que todos correm ao perceberem a escassez de seu elemento principal?

Há poucos dias vi um lembrete:

"Água, utilize com moderação".

Somente agora?

A cada estação chuvosa cai milhões de litros a cada chuva nas montanhas, nas encostas, nos imensos telhados como de Hangares nos aeroportoss e nos grandes ginásios de esporte. Todavia, nenhum projeto de peso se vê, visando a coleta do aguaceiro desperdiçado antes que se seu nas correntezas das Ruas.

Não seria mais fácil tratar águas de chuvas antes que se misturassem nas lamas do Tietê? Cadê planejamento público nesta direção?

E depois, culpam as chuvas por não caírem dentro da Cantareira?

Se a chuva tivesse boca, poderia perguntar: “Quem poderá me defender?”

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 27/01/2015
Reeditado em 15/03/2018
Código do texto: T5116160
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