Mananciais no deserto-2. A escassez de chuvas frente aos impactos negativos da monocultura complementada pelo excesso de asfalto nas metrópoles.

No Brasil, nos séculos passados houve o período da cana-de-açúcar e dos canavieiros no nordeste, a época do Proálcool, também o período conhecido como café com leite, nos quais a monocultura - isto é o cultivo de apenas uma única espécie de planta num determinado trecho de lavoura ou plantação - é avaliada quase que exclusivamente sob o aspecto da geração de rendas ao latifundiário.

De lá para cá o mono cultivo tem sido praticado em larga escala pelos latifundiários desde a época da escravatura no nordeste através das imensas plantações de cana -de - açúcar ou imensas lavouras de café no sul, onde na atualidade se observa o mesmo local totalmente pelado de árvores apenas coberto por soja, eucalipto ou capim.

Com raríssimas exceções consideram-se fatores climáticos na vertente das secas, a não ser que este prejudique a produção de rendas.

Mais tarde o cultivo da soja e trigo invadiu também o cerrado mato-grossense, já que o nordeste brasileiro, após ser ter seu solo sugado por longos anos sem o jubileu ou o devido descanso, deixou de ser muito produtivo, gerando menor de renda que o esperado, pois a monocultura já o havia transformado num local semi-árido, quase que num imenso deserto.

Mais recentemente tal processo de desertificação, semelhantemente tem se evidenciado no cerrado mato-grossense.

Prova do que afirmo pode ser lida em diversas reportagens, inclusive da Folha de São Paulo que circulou no final de ano passado, quando ocorreu uma migração de latifundiários mato-grossenses para Moçambique. País africano o qual, segundo relatos em. Segundo tais reportagens o governo frelimista em Moçambique estaria favorecendo a entrada de brasileiros para “recolonizarem” suas terras a baixíssimo custo.

Ver nos textos seguintes: “Brasil: governo moçambicano cede terras a latifundiários”

http://pt.globalvoicesonline.org/2011/08/15/mocambique-brasil-terras-latifundiarios/

“Governo cede 30 mil hectares de terra a agricultores portugueses em Lalaua e Ribaué”.

http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2014/09/governo-cede-30-mil-hectares-de-terra-a-agricultores-portugueses-em-lalaua-e-ribau%C3%A9.html

Desta vez a “recolonização” não se trataria de transformar pessoas em escravas para trabalho forçado. Os moçambicanos trabalharia em suas terras e o lucro seria administrado pelos latifundiários brasileiros que receberam a concessão.

Moçambicanos trabalhando em sua própria terra para produzir e exportar todo o resultado de seu trabalho, como se em Moçambique não necessidade de tais produtos para consumo interno.

Seu produto se destinaria aos países interessados na compra de soja e trigo. Não se sabe ao certo o que houve, mas, fato é que algumas destas reportagens ao que parece foram retiradas do ar.

Talvez para evitar que o tema fosse mais divulgado e estudado por agrônomos e pesquisadores individuais.

A notícia sobre doação de terras moçambicanas soou como música aos ouvidos capitalistas do Ocidente, os quais, já haviam incluído em seu plano ganancioso, a imensas plantações de eucalipto sem divulgar os estragos pelo favorecimento da formação de áreas desérticas. É mais fácil culpar-se a falta de chuvas nos lugares desejados pelos plantadores destes produtos e pelos gestores municipais ou repórteres da pós-modernidade que culpam a chuva por caírem no lugar “errado”.

Num momento quando a eliminação dos problemas existentes oriundos da prática da monocultura já não pode ser efetuada com a rapidez necessária, visando minorar os transtornos climáticos dela resultantes, observa-se na pós-modernidade que o volume de pesquisas cientificas sobre o tema, é bem menor do que o necessário para tornar a população ciente dos prós e contra para o meio ambiente e não apenas para o lado financeiro do latifundiário.

Timidamente e em pequeníssima escala começam a surgir estudos científicos focando também os aspectos negativos de tal prática para o solo.

Não é necessário ter um diploma em agronomia para saber que certas espécies de plantas como eucalipto sugam da terra imensa quantidade de água necessária para manter a umidade do solo. Que plantas como as bananeiras reservam dentro de si imensa quantidade da água útil ao solo onde estão mantendo-o úmido?

Na visão capitalista eucalipto proporciona mais rentabilidade com menor investimento que bananas. Então, plante-se eucaliptos.

Todavia, na mesa do ser humano banana é mais bem vinda que eucalipto. Ver esta monografia:

"A monocultura do eucalipto e suas implicações"

“Eucalipto, deserto verde, aracruz, monocultura, celulose, madeira do eucalipto, impactos causados pela monocultura, ponto de vista das empresas”. No site:

http://monografias.brasilescola.com/geografia/a-monocultura-eucalipto-suas-implicacoes.htm

Quem prevalece? Bananas ou eucaliptos?

Milhares de hectares com plantação diversificada entre milho, uva, banana, laranja, abacate, e certo espaço menos produtivo poderia ser usado para manter o gado de corte permitiram manter-se o equilíbrio entre produzir frutas, madeiras e capim para manter o gado de corte. Podendo assim beneficiar a todos.

Porém, para os bolsos capitalistas quem proporciona maior rentabilidade com menor investimento, menor número de empregados para colher os resultados?

Poucos ousariam culpar aos governantes por não exigirem que as universidades divulgassem estudos preliminares sobre os prós e contra para o meio ambiente, para o solo e bolso do pequeno agricultor, antes de se iniciarem tais plantios e mecanização nas lavouras dos latifundiários.

Parece-nos que aos governantes o que importam são as exportações, a seca oriunda de tais práticas não foram computadas sequer levadas em consideração. Para os latifundiários:

Que venha a mecanização através de milhares de hectares com soja sem uma única fila de laranjeiras, bananeiras, pois, árvores impedem as máquinas de colherem rápido.

O que realmente parece importar aos exportadores é a rapidez da produção, facilidade para se colher com máquinas sem árvores lhes atrapalhando a circulação nos terrenos secos, áridos, e o aumento do dinheiro e divisas.

Problemas como consequência das áreas desérticas e das secas, … ficaram para depois. O que não tardou em chegar.

Depois, durante os noticiários é só culpar as chuvas que caem no “lugar errado”. Afinal, chuvas e população pobre e sem estudos específicos não têm boca para se defender.

Parece ser mais simplista e menos perigoso culpar-se a falta de chuvas sem detectar e evidenciar as causas dos transtornos.

Assim, a décadas culpa-se as chuvas torrenciais pelas enchentes e pela grande seca que assolam SP e outras grandes metrópoles e lavouras sujas plantações estão a perecer pela falta de água no campo , enquanto nas metrópoles as águas inundam tudo.

É mais cõmodo alguns repórteres afirmarem de forma simplista na TV: “As chuvas estão caindo no lugar errado”.

Deveriam cair dentro do reservatório, para poupar o trabalho dos humanos em recolher-lhe para devida purificação e posterior distribuição na rede de abastecimento.

Culpar os temporais não gera processos, nem passeatas nas ruas.

É bem mais simples culpar as chuvas do que culpar aos gestores municipais pela falta de planejamento que antecipassem soluções aos problemas mencionados, ou produzir boas soluções, já que apenas apontarem-se problemas não os soluciona.

Planejamento que brecasse o crescimento desenfreado das metrópoles pela migração de pessoas oriundas de outros estados e outros países sem planejamento. Como ocorreu durante a construções de Brasília nos anos 60, construções de metrôs na década de 70, quando vieram para cá aos milhares e agora não têm como defenderem-se das catástrofes.

O excesso populacional onde não caberia tanta gente.

O excesso de asfalto cobrindo milhares de kilometros impede o escoamento das águas para os lugares adequados. Pelo excesso populacional comunidades são construídas onde não poderiam estar: próximas de mananciais, de aeroportos, e grandes rodovias.

“CERCAS E SECAS: REFLEXÕES SOBRE A ÁGUA NO NORDESTE

SEMI-ÁRIDO” Em: http://www.proceedings.scielo.br/pdf/jtrab/n1/02.pdf

As grandes secas de 2002 e da atualidade, provavelmente estão intimamente ligadas à monocultura, aliada ao desmatamento ambicioso e desenfreado. O excesso da massa asfáltica espalhadas nas ruas das grandes cidades impedem o solo de receber as águas das chuvas de verão.

A falta de bons planejamento e ações em prol da população agravam a situação das secas e falta de alimento.

Falta de alimento que eleva o custo do pouco que é produzido.

Fazendo com que um kg de tomates chegue à mesa do consumidor por 8 ou 10 reais. O produtor não recebe sequer um terço deste valor.

Até quando continuaremos a ver o atravessador se beneficiando das consequências da seca e a mídia secular não cristã culpando a chuva de cair no lugar errado?

Imensas áreas calçadas sem lugar para dar vazão às águas provoca enchentes aliada aos bueiros cheios de folhas que caem das árvores plantadas nas ruas para produzir apenas folhas em grande quantidade, mas, não produzem frutos comestíveis. Folhas caídas enchem bueiros somando-se aos entulhos atirados nas calçadas pelos vândalos mal educados.

É incompreensível contemplar que não se planta goiabas, acerolas, ou jabuticabas no lugar das árvores ornamentais. Árvores frutíferas seria inclusive uma maravilhosa forma de combate à fome, bem como produziria flores para nutrir as abelhas com flores de onde tirarem polen e nectar para sua alimentação e produção do mel.

"A produção do mel"- Embrapa.

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/alimentacao.htm

“Abelhas em risco de extinção são ameaça à vida do ser humano” BY CLIPPING · 03/03/2014

http://www.revistaecologica.com/abelhas-em-risco-de-extincao-sao-ameaca-vida-ser-humano/

Já é comprovado que o excesso de pesticidas despejados nas lavouras mecanizadas matam abelhas, levando-as à extinção. A falta de flores e árvores frutíferas que florescem dando condições para polinização, é outra das consequências de desmatamento desregrado que colabora para extinção das abelhas.

Quem mecaniza as lavouras e joga-lhes pesticidas?

Quem planta eucaliptos e árvores que não produzem flores, apenas folhas para entupir esgotos?

Quem planta capim para alimentar boi de engorda para ser exportado e mata as abelhas de fome?

Os mesmos humanos bem desumanos que não divulgam tais fatos com necessária amplitude.

Porém, divulga-se concursos de mis Brasil, mis mundo, mis quarteirão entre outras futilidades.

Tais situações já deveriam ser tema debatido nas escolas desde os

primeiros anos escolares para que as crianças se desenvolvessem e crescessem pensando em soluções para os mesmos, antes de se tornarem eleitores e votarem num candidato que não tenha propostas para tão graves problemas.

Todavia, parece-nos que a maior preocupação é torná-los eleitores o mais cedo possível, sem enxergar os problemas aos quais deverão cobrar soluções definitivas.

Não basta exportar alimento e importar quinquilharias da China.

Excesso de massa asfáltica espalhado nas ruas gera enchentes pela falta de terra livre para sugar as chuvas e levar as águas das chuvas para o lençol freático ou mesmo para reservatórios, se os mesmo existissem em quantidade suficiente.

Falta de flores nas árvores gera falta de abelhas e de mel

Falta de frutas plantadas nas ruas, gera roubo sob a desculpa daquele rouba de que está roubando para alimentar-se.

Excesso de folhas nas árvores não frutíferas plantadas nas ruas gera grandes calombos nas calçadas e quase todos os bueiros entupidos pelo excesso de folhas que caem e são empurradas para dentro dos bueiros.

Enchentes não é apenas problema climático. É também resultados de falta de planejamento. As cidades crescem, os volume de massa asfáltica aumenta nos inúmeros kilometros de ruas, os resultados não poderiam ser diferentes.

Culpar a natureza? É o recurso daqueles que não querem pensar nem exigir mudanças significativas.

Água é uma riqueza essencial à manutenção da vida.

Fora dos rios e das caixas d'agua torna-se um inimigo mortal.

Refletir, pensar, analisar e definir metas para solucionar as secas pela falta de água e secas de conhecimento que resulte em mudanças para melhor no meio ambiente.

Como afirma a palavra de Deus: “Um abismo chama a outro abismo sob o ruido de suas catadupas” Salmos Analogicamente seria - Salmos 42:7-9Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)

“Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim”.

Um problema gera outro problema:

Falta de conhecimento e bons planejamentos gera grandes problemas quase que insolúveis.

A Bíblia afirma: "Porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos". Oséias 4:6

Ainda em Isaias 5.13 ela afirma: "Portanto, o meu povo será levado cativo ao exílio, por falta de sabedoria; os seus nobres passarão fome e a multidão se secará de sede".

Ainda há mananciais de águas potáveis, porém, quase em extinção.

A palavra de Deus é o manancial da água da vida, a qual milhares já beberam dessedentando sua sede. Quem não bebe de suas águas morre por falta de conhecimento e saúde espiritual.

Beba um não desista do outro. Juntos proporcionam qualidade de vida.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 30/01/2015
Código do texto: T5120087
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