QUIMERAS E ILUSÃO
Tarcísio R. Costa

É o encanto que domina a alma
como bênçãos sobre a natureza,
é o som no silêncio da calma
que ressoa a beleza.

Os acordes de Beethoven
para agradar sua doce Elisa
e tudo o que a ela convém,
vindos no frescor da brisa.

O poeta em sua nostalgia,
expressa, atônito, deslumbrado,
o sentir do seu interior apaixonado
nos versos da poesia...

Beethoven, Bach, Chopin
e outros gênios, na sua sensibilidade,
mostram em sete notas musicais
os milagres da sonoridade.

Era um cenário de fantasia
propício à mais profunda inspiração,
nesses corações fascinados de paixão,
irmanavam o som e a poesia...

Agora, ao viver-se outra realidade,
estão o passado e o presente, no coração,
aninhados sob o signo da sensibilidade,
de um mundo de quimeras e ilusão.

Brasília, Distrito Federal
Tarcísio Ribeiro Costa

*

BARCOS DE ILUSÃO
Guida Linhares

São as quimeras barcos de ilusão
que vogam ao sabor dos ventos.
Arremessadas na voraz paixão,
às vezes nos deixam ao relento.

E de Beethoven hajam sinfonias,
para curar a dor do amor perdido,
que deixa uma profunda nostalgia,
dos amorosos momentos vividos.

Mas quando se é menestrel
extrai-se da emoção toda a rima,
esculpindo a palavra com o cinzel,
e toda a saudade se sublima.

E os versos nascem altaneiros,
rebuscados em suas métricas.

Das ilusões são fiéis herdeiros,
a encantar em doses simétricas!

Para completar o doce encanto,
de fundo um chorinho brasileiro,
pra ninguem parar no entanto,
de saborear o poema brejeiro!

Santos, SP, 08/novembro/06
Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 24/06/2007
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T538917