"DE ELE" OU "DELE"?

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Descomplicando a Língua

 

Na língua oral, ou seja, na fala a tendência é fazer a fusão: [dele]. Com efeito, é impossível resistir a tentação de fundir de + ele.

Muitos estudiosos e ótimos autores consideram "dele" um fato mais que consagrado, sobretudo na fala. O que nos leva a concluir ser um caso facultativo, isto é, tanto faz um ou o outro.

Entretanto, se você quiser ser, absolutamente, lógico, a gramática diz que a preposição [de] não se funde com o sujeito do infinitivo (forma nominal do verbo). Observe a seguinte frase:

   Eu cheguei na hora de ele sair.

Qual é o sujeito do infinitivo [sair]? Só pode ser quem irá sair, isto é, [ele]. Se o sujeito é [ele] a preposição [de] não faz parte do sujeito e, portanto, não pode fundir-se com o artigo [ele]. Do mesmo modo:

   É hora de ele fechar.

   Eu cheguei antes de ela sair.

O mesmo caso se aplica aos artigos [o, a, os, as]:

   No caso de o programa se alterar...

   É hora de a festa acabar.

   Chegaram antes de a agência abrir.

   Está na hora de o candidato falar.

Quem vai sair? Só pode ser [ele]. Se o sujeito é "ele"  a preposição [de] não faz parte do sujeito e, portanto, não pode fundir-se com o pronome [ele].

Cabe lembrar que, esse caso, não tem nada a ver com os outros casos de fusão da preposição com os artigos [o, a, os, as], ou com os pronomes [ele, ela, eles, elas]. Por exemplo:

   A casa dele foi invadida pelos ladrões.

   O computador da escola está na oficina.

Ninguém irá dizer ou escrever: A casa de ele foi invadida..., ou: O computador de a escola está na oficina. ®Sérgio.

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Se vocêencontrar omissões e /ou erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquercomentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 01/05/2007
Reeditado em 07/06/2011
Código do texto: T470434