QUANDO USAR DOIS-PONTOS

Muitas pessoas erram. No lugar desse sinal de pontuação, há quem use ponto e vírgula. Não pode! Está errado. Não confunda! Veja quando você deve usar dois-pontos:

Antes ou depois de enumeração:

Nesta vida, tudo se pratica: guerra, paz, violência, perdão, brigas, intrigas, amor, raiva, rancor, egoísmo.

Vida, amor, dignidade e paz: eis o que Jesus veio trazer.

Antes de citações:

Disse Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”.

Depois dos verbos dicendi: “dizer, perguntar, responder, retrucar”:

João disse: “A vida é um bem inalienável e inestimável”.

Ives perguntou: “O que é a vida?”

Para anunciar um aposto ou uma oração apositiva:

Há pessoas que veem na vida apenas dois princípios: o bem e o mal.

“Amor: a busca; casamento: a conquista; divórcio: a reconsideração.” (SACCONI)

“Só alimento uma visão na vida: ter você.” (SACCONI)

Antes de esclarecimento ou explicação de ideia anteriormente declarada:

Fiquei pensativo: há coisas estranhas por aí.

Antes de uma reflexão ou explanação:

“Nada decida em estado de emoção: já se viu alguém fazer boa coisa fora do estado normal?” (SACCONI)

Na invocação de correspondência e nos discursos:

Caríssimo Ives:

Senhores e Senhoras:

Prezado amigo:

Obs.: Há quem use vírgula neste caso.

Depois da palavra exemplo ou de sua abreviatura, porque o que segue é equivalente a uma citação:

“Em português toda palavra dissílaba terminada em X é paroxítona. Ex.: tórax, fênix, xérox, etc.”

Observação: Existe a grafia xerox.

Depois de NOTA e OBSERVAÇÃO:

Nota: É muito importante estudar.

Observação: Eu não tenho a intenção de ofender ninguém.

Nota: Usa-se, também, neste caso, o travessão:

Nota – Escreva cataclismo, e não cataclisma.

Depois de “isto é”, “tais como”, ”a saber”, “bem como” e da palavra “como”, quando antes de enumeração:

“Compramos vários objetos, a saber: lápis, canetas, cadernos, etc.” (SACCONI)

“Trouxe muitos presentes, como: balas, chocolates, bombons, etc.” (SACCONI)

Obs.: Usa-se, também, neste caso, a vírgula. Ex.: É preciso saber viver, isto é, viver com sabedoria.

Nota: Hoje, na leitura de um texto, eu vi escrito: “... Mas peço-te uma coisa; acalma o meu coração!”

O certo é: “... Mas peço-te uma coisa: acalma o meu coração”, visto que, o que vem depois explica o que foi enunciado. O sinal de pontuação “ponto e vírgula” é usado para separar, e não para explicar.

Peço isto: continue confiando em Deus. “Isto” anuncia o que será dito. Neste caso, nada de vírgula ou ponto e vírgula.

Observação: Texto de acordo com a obra “Nossa Gramática Contemporânea: teoria e prática”, de LUIZ ANTONIO SACCONI.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 24/03/2015
Reeditado em 28/03/2015
Código do texto: T5181820
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