Homenagem póstuma à Diwaltriz Pereira de Santana, Militar Acadêmico.
 
 
O mendigo do Belas Artes
 
Roto, sentado à beira do batente
Da porta do edifício Belas Artes,
Tristonho, olha os passantes, sem apartes,
À espera de uma cédula cadente.
 
Camisa aberta cheia de estandartes,
Deixa uma pústula sangrar dolente
Num braço inchado e, mais irreverente,
Deixa o pus escorrer por outras partes.
 
E quem o vê assim baixinho exclama:
Por este corpo a cova já reclama,
Este corpo que o verme já consome.
 
Não sabe, entanto, que este pobre amigo
Antes, bem antes de virar mendigo,
Foi um Poeta de real renome.
 
Texto retirado do Anuário da ACLERJ de 2008.
Diwaltriz Pereira de Santana
Enviado por Lidia Albuquerque em 10/05/2012
Código do texto: T3660047
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