AMIZADE (AO MEU PAI)






Eu e meu Pai,
fomos bons amigos na vida...
Simbológicas almas ilustrando paisagens.

Numa manha cinzenta.
Meu Pai, subiu em seu alazão
e galopou sozinho ao vento,
a caminho do Céu.

Tínhamos
um vasto diálogo,
certo papiro, que incluíamos o sol.
Com a estrela solar inclusa em nossos punhos,
um ânimo febril e garboso,
abriu-nos os poros do contentamento.

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Tenho uma enorme saudade de meu pai,
que foi apanhado pelo Senhor Divino.
Lembro-me, que, quando soou a trombeta,
eu ainda, nem tinha as consoantes versejadas.

A órbita nostálgica
chegou-me com seu brasão assistemático,
cheio de línguas animalescas.
Com rastros tão gigantes
que a dor atravessou-me as costelas.

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Revirando o baú:
Eu e meu pai,
fomos felizes,
por muitos anos na vida.
Os nossos âmagos em favos,
reviraram a foice do sol...

Em seu epitáfio
Escrevi: “eterno amigo, eterno companheiro”

 



Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Serena Amizade

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 11/02/2014
Reeditado em 12/02/2014
Código do texto: T4686901
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