Sessenta e Quatro

No dia 06/09/2014, quando completei 64 anos, recebi essa linda homenagem da prima Vânia Alvarez, que tenho o prazer de compartilhar com amigos.

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HOJE É ANIVERSÁRIO DO HELIO ALVAREZ ELARRAT

E aproveito a oportunidade para dizer que ele é meu primo, que me cativou por sua personalidade firme, mas de uma incrível sensibilidade, sonhador às vezes, persistente, que não tem medo de ser feliz.

Vejo o Hélio como um homem de memória... um autêntico contador de histórias. Que coloca a família no centro de suas atenções e aí, diga-se de passagem, de suas pesquisas. Que quer contar para o mundo quem foram seus pais, a origem de sua família, as lutas, as alegrias e os valores, aqueles que nunca morrem. Uma tentativa de explicar o quem eu sou? De onde vim? Para onde vou?

De vez em quando ele mostra esse perfil no facebook e nos deliciamos com sua memória infalível, que conta as histórias da infância e nos envolve em um turbilhão de lembranças. E ele faz o que os autores dizem ser difícil: reatar as relações entre vida e ficção. Mas o Hélio não é escritor, é professor, é músico, é engenheiro, mas ainda não quis ser escritor. Digo isso porque ele tem talento de sobra e muitas histórias para contar.

Mas quem disse que para ser escritor precisa escrever livros de ficção? É que as histórias que o Hélio conta tem nos ajudado a dar um sentido à nossa vida. Essa semana vi, meu irmão Ademir, que foi seu companheiro de infância, derramar uma lágrima emocionado com o que o Hélio escreveu sobre ele. O Hélio que é Doutor, escreveu que meu irmão era Mestre, mestre Ademir. Esse também é outro traço marcante da personalidade do meu primo Hélio: a generosidade e a humildade.

E assim passa o tempo, não para pessoas como o Hélio, que se renovam, se modificam, amadurecem e se tornam muito melhores. E esse o sentido do existir: às vezes quando contamos uma história tão íntima, desvendamos um momento cósmico e que por isso faz parte do Universo.

É às vezes nossa história pessoal coincide com a vida de muitos. E hoje, que é aniversário do Hélio, muitas histórias pessoais confluem para uma única pessoa: e nele estão contidas as histórias dos Elarrat, dos Alvarez, dos Cabral, dos Rebelo e de muitas outras famílias que nasceram e vivem na Amazônia, às margens do Rio Xingu, nos manguezais, nos castanhais, nas varandas das redes, nas casas dos caboclos, nas fazendas, nos cais e trapiches, nas lendas indígenas, nos barcos e na vida que flutua sobre os rios amazônicos.

Há ainda o universo de histórias que seus alunos têm para contar sobre ele, e creio, não são poucas.

Como ainda há muito o que viver e contar, tenho certeza que Deus concederá ao Helio muitos anos de vida, Porque sabemos que não há fórmulas perfeitas para viver, mas há a real possibilidade de entender o verdadeiro sentido de estarmos aqui.

Vânia Alvarez (06.09.2014)

Vânia Alvarez
Enviado por Armstrong em 06/09/2014
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