Não sei se ando, ou Se nado ...

Não sei se ando, ou Se nado ...

Não sei se ando, ou Se nado

Este mar está agitado

Rugem ondas a meus pés

Ouço o som, nas galés

No critério de julgar

Estão querendo-me culpar

Haja bom-senso e razão

Eu não sou o vil vilão

Como quem espera alcança

Não vou perder a esperança

De alcançar o outro lado

Não sei se ando ou Se nado

Sei que nesta *hipocondria

O que o mundo diria

Das falas do meu passado

- Um pigmeu enjeitado

Não quero ver maculado

Meu currículo do passado

E quanto ao tempo presente

Deixem, eu ser presidente !

Não culpem as minhas falhas

São sobejos, são migalhas

Impossível, é me vencer !

Vivam... deixem-me viver

Cautela, tomem cautela

Com o fogo na panela

Pois ela pode estourar

E pode alguém machucar

As sobras, os estilhaços

Podem vos quebrar os braços

Atingir entes queridos

Alguns mortos, outros feridos

Na cúpula deste **Mavorte

Vence sempre o mais forte

E não há limitações

Nem vagas para os anões

Não sei se ando, ou Se nado

Vou permanecer aqui sentado

Quem não estiver satisfeito

Respeite o presidente eleito

De Justiça, nem falar

Pus mordaça em seu lugar

Fui da Arena Militar

Vós não me fazeis curvar !

Tremula minha bandeira

Onde houver uma trincheira

Ao tempo da ditadura

Ser da Arena, era uma cura

Vejam minha biografia

Mais que um estilo, eu diria

Além de ser presidente

Na Academia permanente.

E vós pequenos mortais

No Se nado, nada mais

É de sarcasmo profundo

Vosso acervo ***tremebundo

* depressão mental

** de marte

*** tremendo, pavoroso

São Paulo, 11/08/2009

Armando A. C. Garcia

E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br

Site: www.usinadeletras.com.br

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 11/08/2009
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