MULHER FURACÃO

MULHER FURACÃO

Geralmente todo lugar tem sua Furacão da vida. O nosso também não é diferente. Acredito-me ter tido varias por aqui.

Uma delas tirou o sono de muitos admiradores que vergavam ante a sua beleza, e insinuações ascediosas. Segundo rezava a tradição das safadezas históricas, que ouvi em meu tempo de moleque, nas conversas obscenas da adolescência, ensaiando minha puberdade.

Dita cuja à que refiro, casada com um padeiro que carregou uma bruta galhada na cabeça, segundo as narrativas fofoqueiras, repassada pela história.

Contam que meu avô, que foi sempre muito metódico, e filosófico contabilizando tudo nos mínimos detalhes. Viajava à B.H. de Maria fumaça. Fora privilegiado com sua cadeira em dupla com a cobiçada deusa, a Furacão bondespachense. Durante o percurso a musa começa insinuar com suas belas pernas. Provocando-o com suas pequenas relas. Logo o velho, que na época nem era velho, ficou em ponto de bala. Notando sua escitação, admirada, aliás, safada, ela perguntou: - parece-me que levas uma bela espiga de milho no bolso? –Levo sim! – Pois olhe eu tenho um excelente debulhador, se queres debulho para você? – Mas quanto tu cobras? –Há... Mixaria, cem mil réis! - Da pra fazer um desconto? –Não esse preço é pra você que é muito especial! –Fico muito grato a você, mas por um preço deste, debulho na mão mesmo!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 28/01/2010
Reeditado em 29/01/2010
Código do texto: T2055412
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