Dia da Poesia
Sei conjugar bem os verbos
Mas, mesmo escrevendo bem nossa língua,
Nas as rimas eu levo uma surra.
Sempre apanhei com literatura
E tão me chamando de burra
Fazer verso me deixa louca.
Pra falar a verdade,
Apanho pra contar letra e rimar.
A preguiça me faz parar.
Deixo tudo pela metade -
Ou uma coisa ou outra
Palavras não faltam pra dizer,
Mas olha bem o meu dilema:
Nunca fui boa em matemática.
Pra contar silabas é uma desgraça
Resolvi, então, o meu problema.
Optei só em fazer crônica,
Onde sou ótima, engraçada e única.
Cago pra gênero literário
Porque nisso sou ruim pra....
Já que você é meu amigo,
Vou lhe confessar um segredo:
Dei pra cada tipo de verso
Um exclusivo apelido.
Acróstico é pra micose de unha;
Haikai é o cachorro da vizinha;
Poetrix é remédio pra pulga;
Rondel é bom pra lumbriga.
Demorou um século
Pra bolar estes versos.
Você vai ler e deletar
E me mandar pr’aquele lugar...
Não sei se fiz trova,
Mas não dou o braço a torcer.
Tenho charme pra escrever.
Burra uma ova!
Leila Marinho Lage
Rio, 20 de outubro de 2007
Sei conjugar bem os verbos
Mas, mesmo escrevendo bem nossa língua,
Nas as rimas eu levo uma surra.
Sempre apanhei com literatura
E tão me chamando de burra
Fazer verso me deixa louca.
Pra falar a verdade,
Apanho pra contar letra e rimar.
A preguiça me faz parar.
Deixo tudo pela metade -
Ou uma coisa ou outra
Palavras não faltam pra dizer,
Mas olha bem o meu dilema:
Nunca fui boa em matemática.
Pra contar silabas é uma desgraça
Resolvi, então, o meu problema.
Optei só em fazer crônica,
Onde sou ótima, engraçada e única.
Cago pra gênero literário
Porque nisso sou ruim pra....
Já que você é meu amigo,
Vou lhe confessar um segredo:
Dei pra cada tipo de verso
Um exclusivo apelido.
Acróstico é pra micose de unha;
Haikai é o cachorro da vizinha;
Poetrix é remédio pra pulga;
Rondel é bom pra lumbriga.
Demorou um século
Pra bolar estes versos.
Você vai ler e deletar
E me mandar pr’aquele lugar...
Não sei se fiz trova,
Mas não dou o braço a torcer.
Tenho charme pra escrever.
Burra uma ova!
Leila Marinho Lage
Rio, 20 de outubro de 2007