OBRA: O SONHO DE PETTI


AUTOR: ANDRÉ SILVA


LOCAL E DATA DE PUBLICAÇÃO: RIO DE JANEIRO, MARÇO DE 2010


CONTATO:(081) 3755-1084.


APOIO: ESCRITORA LÍDIA ALBUQUERQUE, PRESIDENTE DA ACADEMIA BELOJARDINENSE DE LETRAS E ARTES – BELO JARDIM – PE


EDITOR: PAULO FRANÇA






O SONHO DE PETTI


Em uma pequena cidade do interior, por nome Campo Bello, lugar cheio de pássaros, árvores históricas, imensas, repletas de flores, com variadas espécies, tem um rio. Que rio? De águas cristalinas, inúmeros peixes de diversas cores, parece até um arco-íris movendo-se entre as águas, não era à toa que se chamava Campo Bello. Esta cidadezinha tem uma população de quase 10 mil habitantes, pessoas educadas e que vivem harmoniosamente. Certo é que essa gente tinha lá seus probleminhas, mas nada que não se resolvesse. Do que estou falando afinal? Esqueci de apresentar-lhes o meu personagem principal: Petti.


Um doce e adorável menino. Estudioso, educado, alegre, contagia a todos com sua alegria imensa, o modo de enxergar a vida. Um garoto cheio de sonhos, de amor para dar a todas as pessoas que passam por ele. Entretanto, a vida desse menino não era nada fácil: filho de pais pobres com cinco filhos para criar. O mais velho é o nosso amiguinho Petti, os outros dois meninos chamavam-se Cleber e Samuel e as pequeninas da casa eram Maria, com 5 anos, e Sara, com 3. Ah! Como sou esquecido. Quase não conto a vocês, caros leitores, o ponto principal da história, que é sonho do garoto. Vamos lá?


Uma coisa insistia em martelar na cabecinha de Petti: o sonho de algum dia tornar-se ator, aparecer nas telinhas, dar o melhor de si, contagiar o público. Sempre conversava com seus pais sobre este assunto, e dizia que no dia em que conseguisse realizar seu sonho, daria a sua família uma vida digna. Os pais viam que era impossível e riam-se por dentro. Petti sabia que não criam nele, mas persistia: “Vou conseguir, e vou mostrar para todos da cidade que Petti Oliver será ator de novela”, pensava.


Depois de duas semanas, no finalzinho da tarde, como de costume, chega o senhor Oliver com um aspecto aterrorizante. Aquele homem alegre, simpático, não parecia ser ele agora, não podia. Foi direto ao quarto do casal e a esposa o seguiu.


- O que houve?! Está se sentindo mal? Quer alguma coisa?


Quase como um sussurro, o homem finalmente consegue falar:


- Fui demitido - dona Mindy, colocando a mão sobre o ombro dele, cansado pelo enfado do dia, falou suavemente:


- Passaremos juntos por isso. As coisas hão de melhorar, você vai ver.


Agora, tendo apenas a mãe trabalhando para sustentar a casa, Petti ajudava-a sempre quando podia. O pai saia cedo e voltava de tarde, abatido sem conseguir arrumar emprego. No final do mês chegaram as contas, mas a mãe não tinha um centavo no bolso, mal tinha pagado o mercado e a água, faltando dinheiro para a energia elétrica, deixando Petti e sua família sem luz. Tentaram fazer gambiarra, mas não deu certo. Os dias se passavam, a situação na casa dos Oliver não ia bem, as coisas se complicavam a cada dia. As esperanças pareciam se esvaecer. E Petti persistia em seu sonho: “Vou conseguir, mas como?”.


Não teria graça, amigos leitores, se nada tivesse acontecido de novidade na vida de nosso amiguinho, não é mesmo?


Certo dia, saindo da escola, dirigiu-se ele com um amigo em casa Carlito, aonde iriam fazer uma atividade passada pela professora. Lá, ouviu uma notícia espantosa na televisão. Seus olhos não piscavam mais, estático a pensar: “Essa é a minha oportunidade de crescer.”


O noticiário dizia o seguinte:


- Procuram-se talentos mirins entre 8 e 12 anos para atuar em um filme. Essa é a sua oportunidade.


Caso queria participar, entre no site... e faça já a sua inscrição. Os testes serão realizados do dia 12 ao 21 deste mês.


Petti não conseguia conter-se de tanta felicidade.


- Até que enfim vou realizar meu sonho – falou o menino, pulando de alegria.
Carlito olha-o curioso e faz-lhe uma pergunta:
- Que sonho?
- Vai, fala algo, que sonho você vai realizar? - insistiu curioso o outro amigo, intrometendo-se na conversa.
- De um dia ser ator, brilhar nas telinhas da TV. - não ouviram o noticiário?
- Ouvimos, sim. Então pensa em se inscrever?
- Sim. Não é o máximo? Do que estão rindo? - perguntou Petti, vendo os amigos se desmancharem em gargalhadas.
- Podem ficar rindo, seus bobocas, vocês me verão na TV. Saiu furioso e ao mesmo tempo alegre, dizendo a si mesmo: “Vou conseguir, essa é a minha oportunidade.”


Na casa de Carlito continuavam os garotos a rirem quase sem parar.


- Que tolo!
- Acha que conseguirá um dia ser famoso, brilhar nas telinhas. “Eu serei ator”, repetia Carlito com ar de deboche.


Chegando em casa, quase desesperado, Petti entra correndo em direção a mãe e conta-lhe todo o acontecido, meio desajeitado e se embolando nas palavras. A mãe o interrompe:


- Calma, quase não entendi o que veio me contar. Que inscrição? Que filme é esse?


O menino, já mais calmo, conta-lhe o noticiário palavra por palavra, como se tivesse ouvindo a noticia há muito tempo. Petti sempre fora elogiado pelos professores pela excelente memória.
- Eu sei que não estamos bem, mas...?
- Mas?
- Poderia me emprestar um dinheiro para a inscrição?
- Emprestar?
- Prometo pagar-lhe tudo quando estiver trabalhando na TV.


Dona Mindy não hesitou. Foi ao quarto e pegou a quantia que Petti precisava para fazer a inscrição.


Eram todas as suas economias. Mas não gostaria de ver o brilho dos olhos cheios de esperanças de seu filho sumir, e, junto com a quantia, deu-lhe um abraço e desejou-lhe boa sorte. Petti saiu pisando firme e foi correndo em direção a uma lan house fazer a inscrição pela internet. Feita, guardou a mensagem: inscrição pela internet. Feita, guardou a mensagem:


- Dia 17, dia 17 eu farei o meu teste.


Vejamos. Será que nosso amigo vai ter sorte?


Seu sonho há de se realizar? Tomará, né, afinal, ele ,merece, pois todos esses dias tem sido de muita ansiedade para o garoto, até chegar o tão esperado dia do teste.


- É hoje! - petti saiu correndo em direção ao lugar marcado.


Ele era o vigésimo terceiro garoto que deveria apresentar-se. Ouviu uma voz de longe:


- Petti Oliver?!
- Sim, sou eu. - Respondeu o menino levantando-se rapidamente.


Agora, meus prezados leitores, teremos de esperar, pois Petti não pode entrar acompanhado. Mas sabemos de uma coisa: ele está lá dentro dando o melhor de si.


-O resultado sairá daqui a 8 dias, pela televisão, às 13hs. - Falava a moça que fazia parte do júri aos meninos.


A semana quase não passava, estava perdida no tempo. Enfim, chegou o oitavo dia. Petti vai correndo para a casa de Carlito, a fim de escutar seu nome “Petti Oliver é o aprovado”.


No entanto, não é o seu nome o vencedor.


O menino sai às ruas, para um canto qualquer, sem saber que direção seguir naquele instante de frustração, de desalento. Não realizara seu sonho, seu nome não passou na televisão. Triste, magoado, com lágrimas rolando sem cessar. Em desespero, vai à praça da cidade. Aquele brilho que existia em seus olhos parecia ter-se afogado nas abundantes cachoeira de lágrimas que vinham de seus pequenos olhos. O esforço foi em vão, a esperança tinha acabado, desejou não estar vivo.


Calma, meu amiguinho. Não dizem que a esperança é a última que morre? Eu e meus leitores não queremos vê-lo assim.”


Do outro lado chegava um microônibus repleto de pessoas de fora. De onde vinham? Será que foram convidadas para o show de talentos de amanhã na cidade? Êpa, espera aí! Aquele homem está indo em direção de Petti. O que será que ele quer?


O homem e sua turma olhavam a praça, a diversidade de belezas, até que, num banquinho escondido pelas folhagens da mangueira, notaram um menino, de cabeça baixa, aos soluços. Parecia mesmo que o mundo tinha desmoronado sobre ele.


O Homem andou levemente até ele, para não assustá-lo, e sentou-se ao lado, ficando em silêncio por alguns minutos. Depois, tocou no ombro do menino e perguntou:


Tá chorando por quê?


Petti teve um pequeno susto, pois não percebera que alguém sentara a seu lado, e entre soluços respondeu:


- Nada, estou chorando por chorar. Mentiu, e chorou mais ainda. Parecia que algo muito grave havia lhe acontecido.
- Mas ninguém chora deste modo por nada. Deve haver algum motivo, seja ele alegre ou não. - Insistiu o moço. Estava curioso.


Petti olha-o demoradamente nos olhos. Os olhos do menino estavam inchados, pois já fazia algum tempo que estavam em prantos. Começou a contar-lhe, desde o inicio, sobre o noticiário, a inscrição, o teste e o motivo daquele choro insaciável.


O homem olha-o um tanto emocionado, curioso, espantado. “Como alguém estaria daquela forma apenas por não ter passado num teste?” Continuou a conversa contando-lhe que também sua vida já tinha sido deste modo, ele começou de baixo. Até já catara papelão. “E como se veste assim tão elegante e é tão educado?” Perguntas fluíam na cabecinha de Petti, até que parou no tempo e ficou com o olhar vago para o homem, sem nada a dizer. O outro o tira do estupor com uma pergunta à queima-roupa:


- Quer ir comigo realizar seu sonho?
Surpreso, o menino pôs-se a responder:
- Como sera possível? Sua história parecer ser igual ou pior do que a minha.
- Estamos conversando e até agora você não me perguntou quem eu sou. Afinal, o que lhe contei está preso ao passado, meu garoto, como brevemente sua história estará se me seguir.
- Quem é você? - intrigou-se Petti.
- Agora sim. Amanhã nesta cidade haverá um show de talentos...
- Disso eu sei. Petti interrompeu o homem
- Calma! Então, continuando... me convidara para assistir, pois sou um caça-talentos, e resolvi aceitar, pois quem sabe assim não acharia alguém para transformar em estrela?
- Qual é o seu nome?
- Diko Anderson.


Ficaram ali conversando. No dia da apresentação, o menino mostrou o que sabia e o moço ficara impressionado com a performance dele no palco. “O garoto tem boa memória” analisava o caça-talentos.


Sei que vocês não estão entendendo bem, pois intrometi-me na conversa e nem deixei vocês verem como isso aconteceu. Antes da apresentação, Diko entregou um texto a Patti para que ele memorizasse:


- Toma, garoto, consegue memorizar isso? Amanhã quero ver como você se mostra no palco.


Entenderam agora? Petti voou para casa, já mais alegre, e leu o texto apenas três vezes, decorando tudo.


- Garoto, a vida é repleta de obstáculos e você venceu mais um. Só Deus pra ter me enviado aqui e realizar seu sonho desta maneira, porque não foi do seu jeito. Ele veio por outro caminho. - Falou apressadamente o homem, sem esperar que o garoto descesse do palco.


Petti começou a chorar, mas desta vez de felicidade, e ousou ainda uma pergunta:


- Tá falando sério?
- Se eu estiver mentindo, Deus que me castigue. - disse e levantou o chapéu sobre a cabeça, com uma convicção que não deixou margem à dúvidas.


Petti pegou na mão daquele homem e seguiram rumo a sua casa. Lá, fez as apresentações. O homem ficou admirando com a humildade daquele lar, no entanto, tudo estava limpo, bem organizado. Claro, dona Mindy era uma mulher organizada. Diko e Petti contaram a ela o que tinha acontecido desde o encontro na praça até a apresentação no palco e o motivo para o caça-talentos estar na casa dela.


- Nem o conheço! Não senhor, isso nunca! determinou o pai de Petti, assustado com  a possibilidade de ver seu filho ir embora com aquele homem e nunca mais o ver.
            -Meu senhor, garanto que ele ficará bem comigo, e além disso, ele não vai parar de estudar.
            -Estou  vendo que pensaram em tudo - retrucou o pai olhando para seu filho.
            Ficaram uns 30 minutos nessa peleja, até que a mãe de Petti convenceu o marido a permitir a viagem.
            -Tá bom! Mas escuta uma coisa: tem de me ligar todos os dias para dizer como vai e o que está fazendo, entendeu?
            -Tá, pai - prometeu Petti. Pai e filho deram-se um abraço demorado.
 
             Quase dois meses depois a família de Petti estava preocupada, pois fazia duas semanas que Petti não telefonava. Certo dia, os irmãos de Petti, Samuel e Maria, indo ao mercado, viram passar na televisão de uma loja um documentário sobre uma peça teatral. Perberam que um dos atores era um menino:
           
- Petti?!
            - É!! é nosso irmão!
           
Voltaram às pressas para a casa e contaram aos pais o que havia acontecido. Imediatamente todos saíram em disparada ao mercado, na esperança de ver se era mesmo Petti, ou os meninos estariam enganados?
           
A família Oliver, reunida em frenta da TV da loja, e dona Mindy leva a mão à boca, surpresa.
           
- É nosso filho, é o nosso garoto. Repetia ela, emocionada, abraçando o marido, que também chorava de alegria.
            - Obrigado, Deus! - D. Mindy fez o sinal da cruz.
           
Naquele instante começou a juntar gente diante da Tv e os comentários se alastraram pela cidadezinha. Alguns davam tapinhas nas costas do pai do "famoso" ator. Houve quem já encomendasse à D. Mindy autógrafos do filho.
           
- Sebe o filho mis velho dos Oliver? Virou ator.
            - Agora é galã de cinema.
           
Um vereador passa e é informado da situação. Imediatamente propõe uma recepção à altura e até um feriado municipal:
           
-Temos um talento na cidade. - descobre o edil.
           
Todos comentavam. Até Carlito ficou boquiaberto ao ver o amigo brilhar na telinha. "Não é que ele conseguiu? Ele conseguiu mesmo!", pensava incrédulo. Na cidade só se falava numa coisa: o filho dos Oliver é ator.
 
            Um ano mais tarde e os pais de Petti não aguentavam de saudades. Havia muito tempo que não o viam. Pensamentos tolos multiplicavam-se em suas mentes: "Petti, agora que é ator, agora que esta entre os famosos, não lembra mais da família. Nunca mais volta aqui, nessa casinha pobre."
           
Por sua vez, o jovem Petti recebia novos personagens, mais interessantes.
 
            Uma manhã, bem cedinho, ouviu-se batidas leves na porta da casa do Oliver. Dona Mindy foi ver quem era e pôs-se a chorar. O marido, assustado, corre em direção à esposa.
           
- Petti?! É você mesmo?!
            - Não me reconhecem mais?
           
O menino estava abraçado com sua mãe. Vestia um paletó preto risca-de-giz muito elegante. O pai o abençoou, abraçando-o Foram para a sala e ficaram algumas horas conversando. Petti contava as maravilhas que tinha visto, os lugares por onde passara, os palcos, tudo.
           
Mais tarde, chega Diko, o caça-talentos, padrinho de Petti.
           
- Senhor Anderson, o que faz por aqui?! Espantando-se o pai do menino, convidando-o a entrar.
            - Não, não, obrigado. Vejo que Petti já lhes contou tudo o que fez no Rio de Janeiro. Mas agora está na hora de voltarmos. Vamos, rapazinho?
            - Mas já? - reclamaram os irmãos de uma só vez, abraçando Petti.
            - Sim, e vocês vão vir comigo, para um lugar, que é surpresa.
           
Entraram todos no carro e seguiram ao outro lado de Campo Belo. Pararam em frente a uma casa enorme.
            - Esse lugar está à venda. disse o pai, indo em direção a rua.
            - Para onde vais? - Perguntou o rapaz.
           
Pensei que fossemos a algum lugar, mas vejo que é uma brincadeira de vocês.
           
- Não é brincadeira, meu amigo. Era aqui mesmo que eu queria trazê-los. - assegurou Diko, apontando para a mansão.
            - Essa casa não está mais à venda, papai. Ela foi comprada.
            - Ah, entendi! è o senhor Diko que comprou! Agora entendi. Tudo bem, vamos lá ver a casa dele.
            - Pai, o dono dessa casa ainda não mora nela. Ele nem sabe que essa casa é dele, não é Diko? - falou Petti, sorrindo. Não o chamava mais de senhor.
            - Como assim, o dono não sabe?! Espantou-se p pai do jovem talento.
           
Papai, essa casa, tudo isso que você vê dentro desses muros, é seu. - declarou Petti, entregando alguns papéis ao pai.
           
Seu Oliver, vendo a escritura do imóvel, começou a chorar, um choro de felicidade. Abraçou o filho, que puxou a mãe e os irmãos para o abraço.
           
- Senhor Oliver, preparado para conhecer sua nova casa? - perguntou Diko, fingindo cerimônia.
           
Ficaram abismados com a luxuosidade do imóvel.
           
Petti e a família mudaram-se logo. Dona Mindy montou uma lanchonete no centro da cidade, muito bem organizada e logo bastante frequentada. Seu Oliver instalou uma fábrica de calçados, seu sonho mais secreto, com a marca Oliver. Em breve tornou-se um dos calçados mais cobiçados do Brasil. Pudera, além da qualidade, tinha como garoto propagando o famoso filho ator.
           
Petit mantinha-se sempre presente, visitando-os com frequência, apesar da vida cheia de compromissos com teatros, novelas e até para filmes. Ele ficou conhecido não só em seu país, mas pelo mundo todo, como um dos melhores atores do século. Seu irmão Samuel revelou-se cantor, já que sempre teve o dom. Cleber, seu outro irmão, é um famoso escritor, autor de muitas obras vendidas no Brasil. Maria, que gostava da área hospitalar, formou-se em Medicina, e Sara, a caçula, seguiu os passos do irmão mais velho, tornando-se atriz.
           
Ainda bem que no final tudo acabou bem, cada um seguindo seu rumo e tornando realidade seus sonhos. O mais importante é colocar Deus na frente e ir em busca de seus sonhos. Assim, conseguirás alcançá-lo.
           
Você é humano, pode errar, mas uma coisa é certa: perdeu? Tente novamente, nunca desista, quem sabe a sorte resolva ir ao seu encontro quando estiveres sentado num banco de praça?
 
 
           

Nos vemos na próxima história, amiguinhos. Tchau!



Lidia Albuquerque
Enviado por Lidia Albuquerque em 09/08/2010
Código do texto: T2428256
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.