ENSINAMENTO TEOLÓGICO.

ENSINAMENTO TEOLÓGICO.

POR HONORATO RIBEIRO.

(Aula de teologia).

Quando Jesus advertiu aos seus apóstolos dizendo-lhes: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. Pelos seus frutos os conhecereis”. [Mt 7. 15-16]. No evangelho de João ele diz que o bom pastor não é mercenário, isto é, não explora dos fiéis, não vive por causa do dinheiro arrecadado dos fiéis para se enriquecer. Mas o bom pastor vive ao lado dos fiéis [ovelhas], orientando-os, sofrendo juntos, defendendo-os das injustiças e da exploração sexual e do trabalho escravo. Já estava acontecendo na comunidade de Mateus e na de João, pois, muitos dos cristãos dessas comunidades, traíam as suas próprias comunidades denunciando às autoridades romanas os bons pastores cristãos que seguiam com coragem anunciando o Reino de Deus. E continua em grande escala, hoje, a se alardearem como pastores a enganar a muitos com promessas de milagres emocionais com auto-sugestão. São esses os que Jesus alerta para seus apóstolos para terem cuidados com esses maus cristãos, pastores. São esses que se vestem de pastores, mas são lobos famintos em pele de ovelha. pelos seus frutos conhecerão.

Já disse em outra lição, que o Estado, conforme a Constituição, já afastou, separou da Igreja há muitos séculos. Quem faz parte como representante da Igreja não poderá assumir sendo parlamentar, pois, um parlamentar representa o Estado e o defende. Como pastor ele defende a sua igreja, povo, assembleia, como parlamentar da palavra de Deus que é os santos evangelhos. Não poderá viver exercendo duas funções antagônicas uma da outra. Uma é sagrada, a outra não. Uma é ser parlamentar na casa de Deus anunciando a mensagem de Jesus vivendo como ele viveu ao lado de suas ovelhas, pobre como elas, sofrendo com elas, comendo do mesmo pão com elas e defendendo-as dos lobos famintos. Quando um presbítero assume um cargo político, sendo prefeito, a primeira coisa que a igreja exige é que ele se afaste de suas funções como presbítero. Ele não é mais um presbítero, mas passa a ser uma pessoa comum entre os fiéis. Assim dever-se-á ser para um pastor evangélico e para um presbítero esse comportamento. Veja os conselhos de Jesus. “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza.” [Mt 6, 24]. Um parlamentar que ganha um salário altíssimo para defender o Estado não poderia exercer sendo pastor, mas como um simples evangélico. A igreja que é separada do Estado há muitos anos não poderia aceitar tal representante como parlamentar e nem tampouco o Estado, porque ele é um religioso com função privilegiada e oficial. Nesse caso ele está a servir a dois senhores que ele ama. De um lado o bom salário. [Ou Deus ou o dinheiro]; do outro as pobres ovelhas que pela sua ingênua fé dão seus dízimos para o sustendo da igreja a qual ele dirige e recebe o seu pagamento como pastor. Os fiéis pagam duas vezes; Impostos como consumidor e como fiel à sua igreja. É bom que se veja esse caso grave que está existindo na nossa legislação. Não sou advogado, mas me parece, pelo que diz Jesus em Mateus, que não poderá amar a dois senhores. Se fosse voluntário e não recebesse salário nenhum poderiam até sê-lo, pois, aí não entraria o dinheiro que, hoje, é o maior ídolo e mais adorado do que o próprio Deus. Aí está o grande perigo. Hoje estamos vivendo o ecumenismo, mas deva ser dentro de um senso bem cristalino e com ação cristológica, senão, não se pode viver juntos o lobo e o cordeiro. Aí vai ser difícil ser ecumênico; difícil mais ainda a amar uns aos outros reciprocamente. Mateus é radical nesse assunto de ser pastor e anunciador do evangelho. Quando cada um for anunciar o evangelho, veja os conselhos do Cristo: “Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento.” [Já citei em outras aulas]. [Mt 10, 9-10]. Que grande catequese Jesus dá aos seus discípulos! Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. [Mt 10, 37-38]. Relatei esse texto para esclarecer e compreender a função de um presbítero e de um pastor. Aqui está o rosto de Jesus. Pobre no meio dos pobres e pecadores. Essa perícope Jesus explica que ele, o bom pastor, irá dar a sua vida carregando a cruz até o Calvário, porque ama a humanidade e quer salvar a todos. Mas essa é as condições, também, para os missionários: Amar a Deus sobre todas as coisas e sofrer a paixão com ele com servidão. Não é como mercenário amigo do poder e do dinheiro. Ser pastor é ser como o Cristo da Paixão. Sem essas qualidades são apenas lobos famintos em pele de ovelha. Com esses valores de O seguir vivendo junto às suas ovelhas é que Jesus disse aos seus apóstolos: “Na casa do meu Pai há muitas moradas”. Para os pastores e pregadores do evangelho que dão a vida por suas ovelhas. Não busca o sucesso do mundo, a paz do mundo que é apenas fantasias. Mas na casa do Pai tem lugar para todos aqueles que fizerem a vontade do Pai. Esses são os cristãos que caminham nos passos do Mestre e ele ouve as suas vozes. As características do bom pastor é: pobre no meio dos pobres, assiste as ovelhas cuidando delas, não promete fazer milagre cronometrado assumindo o lugar de Deus sem sê-lo; não é mentiroso e enganador; fala a verdade e dela ele vive, pois, a verdade é Jesus. Somente ele é a verdade, a sabedoria o Paráclito em espírito que sustenta a Igreja dos poderes satânico e do mundo materialista. Aqui está bem claro para perceber quem é o bom e o mau pastor. Simbolismo de Abel e Caim. O bom pastor é o retrato, a cara, a imagem de Abel, o pastor. O mau pastor é Caim, que não faz a vontade de Deus e se tornou um protótipo fratricida e o mundo está cheio.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 27/05/2013
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