OITAVA AULA DE TEOLOGIA.

OITAVA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

[Oitava aula].

O livro do profeta Jonas conta também uma história da desobediência do profeta a Deus. Por causa disso ele foi castigado e teve que lhe obedecer, indo numa missão como mensageiro do povo da cidade de Nínive. [Povo politeísta, pagão]. Nessa história Deus quer mostrar que Ele é o Deus de todos e sua misericórdia se espalha para todos; não somente para o povo eleito, israelitas, mas para que a sua palavra seja enviada aos confins da terra. [Nasceu a igreja católica antes de a Bíblia ser escrita pelos sacerdotes escrevendo o Gênesis e o Pentateuco. Pe Paulo Ricardo]. Como o povo de Israel era muito radical, sendo orientado pelos profetas Esdras e Neemias, aparece Jonas nessa saga, para mostrar aos israelitas que Deus também o é do povo ninivitas. [representando simbolicamente todos os povos dentro e fora da igreja]. “Esses dois líderes religiosos, querendo obrigar o povo judeu à observância radical da Lei de Deus, cometeram graves injustiças. A maior delas foi a de exigir que todo israelita casado com mulher estrangeira expulsasse de sua casa tanto a sua mulher como os filhos que tivera com ela.” [Esdras 9, 10; Neemias 13.], O motivo era religioso. Mas nem todos israelitas pensavam assim. Aparece o livro de Jonas já em protesto e conta essa história que ele foi enviado por Deus para uma cidade de povo pagão, que se chamava Nínive e, ao desobedecer a missão que lhe foi imposta para converter os ninivitas, ele foge, pegando outro navio.

Esse livro não é um livro histórico, nem profético, mas didático. “Quer mostrar que o Deus de Israel é um Deus de amor, é misericordioso para com todos os que os temem e que salva a todos que o procura.” Por isso o livro relata um fato didático e teológico mostrado um “sinal” da missão de Jesus Cristo, o Salvador de todos. [Mt 12, 38-42]. Jesus combateu a ideia extremista, nacionalista de salvação particular quando condenou, por exemplo, a intransigência do irmão mais velho – parábola do filho pródigo – não aceitando na família o irmão mais novo e pecador. [Lc 15, 11-32]. Nessa parábola do filho pródigo, que se arrependeu e voltou à casa do Pai, que o recebeu com um grande banquete, é um exemplo que Jesus está mostrando que Deus é pai de todos. É isso que o livro quer mostrar toda essa saga, que na realidade não aconteceu nada contra Jonas e nem ele desobedeceu a Deus. [E Deus é misericordioso e não castigador punindo quem não O obedecer]. O livro faz uma censura ao povo hebreu. E Jesus faz uma censura aos fariseus e religiosos de sua época. [e a nós também]. Quando a narração enfoca Jonas num navio e uma enorme tempestade iria naufragar o navio, por culpa da desobediência de Jonas a Deus, tiveram que jogá-lo no mar e um grande peixe o engoliu. [Baleia?]. Ele ficou três dias no ventre do peixe que o lançou na cidade de Nínive. Jonas está sendo representado pelo povo hebreu, quando é obrigado a pregar para um povo excluído pelo povo hebreu. [Considerado e tratado como cães]. Parece que Deus o castigou e forçou até mesmo um peixe o engolir e o levar à missão que Deus havia lhe enviado. [Foi na marra, como se diz]. Mas Deus não obriga ninguém fazer o que não quer, nem mesmo a lhe obedecer ou amá-lo. “O livro zomba dos rigoristas hebreus, simbolizados em Jonas.” É um livro didático e teológico. Jonas foi livremente a Nínive e pregou para aquele povo que o converteu sem essa dramatização toda do relato. Tudo o que o livro conta é um protesto, uma crítica ao povo hebreu com o seu radicalismo religioso de não aceitar outros povos a serem povos de Deus. Eles não aceitavam outros povos como sendo escolhidos para fazerem parte do povo eleito de Deus; eram essas as suas ideias radicalistas. [até mesmo nos tempos de Jesus eles procederam assim]. Por isso o livro de Jonas simboliza a vida de Jesus contra o radicalismo farisaico, dos sacerdotes e alto clero do povo judeu. No Novo Testamento, Jesus ensina que Deus é o Deus de todos. [Povo católico, igreja universal]. Não há mais grego, judeu, pagão, escravo ou livre. Deus é um só Pai de todos e todos são irmãos em Cristo. [Todas as religiões pregam um só Deus, embora vivam separadas, por questões ideológicas, por isso há grandes dissensões]. Mesmo sendo casado não deixa esposo ser irmão da esposa, pois o pai de ambos é um só: Deus. [Rm 3, 29; Mt 23, 8-9] “O livro de Jonas pode ser considerado profético porque de fato ele lê nos acontecimentos de seu tempo a vontade de Deus: a volta do exílio e o perdão de Deus para um povo que, embora fosse o povo escolhido, era tão pecador, rebelde e impenitente, mostram que ele quer salvar sempre. Não só os israelitas, mas a todos os homens. [Que carrega em seu ego o Adão]. Essa intuição do autor é realmente profética. O livro de Jonas é, pois, um midraxe, ou seja, comentário religioso, didático, de tema bíblico.“ Hoje há muitos profetas como Jonas, dentro da Igreja e fora dela. São homens e mulheres que não são radicais e nem têm medo de anunciar a verdade num mundo competitivo de busca de poder e da economia e os valores do ser humano são desprezados. O profeta anuncia e denuncia. Anuncia e denuncia com coragem e disposição bastante ativa e com grande entretenimento faz transformações com a experiência da vida dos profetas. O livro é um ponto de reflexão e muito didático dentro de um ecumenismo cristão nos dias de hoje, quando se vir muitas dissensões entre os cristãos. [Pentecostais]. Aí chega o profeta e faz a união de todos: Um só rebanho e um só pastor, Jesus Cristo. [Ecumenismo: Concílio Ecumênico Vaticano II]. Só há uma única Igreja: Universal ou Católica, pois Deus é o Deus em Jesus Cristo de todos, dentro e fora da igreja. É esse relato que o livro de Jonas nos quer dizer. [sim, sim, não, não, sim: a luz; o não é as trevas]. Peço-lhe que imprima.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 06/06/2013
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