TRIGÉSIMA TERCEIRA AULA DE TEOLOGIA.

TRIGÉSIMA TERCEIRA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

Quando alguém busca prodígio cura e milagre não se trata de fé. Se tiver é fraca, vulnerável. Mas, assim que é realizado o milagre e a pessoa se transformar em conversão aceitando Jesus e sendo seu discípulo missionário, aí, nesse caso, poderemos afirmar que houve uma fé verdadeira, pois, houve uma vida nova de perfeição, aconteceu através da fé. Viver a espiritualidade.

João é o evangelista que ensina uma alta teologia do céu; lá do alto, uma vida lá do alto, embora aqui na terra, mas vivendo a experiência do céu. João não está interessado em mostrar Jesus operador de sinais, milagres patológicos, como médico somente do corpo, mas mostrar que Jesus é verdadeiramente Deus. Os milagres relatados por ele é milagres espirituais, sobretudo, quando ele faz a cura de cegos. A cura biológica e a oração patológica não se provam a verdadeira fé. João quer nos mostrar o que é fé em conversão e o que é fé vulnerável e patológica. Essa não pertence ao Reino de Deus, pois a salvação do homem é total: Corpo e alma espiritual. É a cura total: “Jesus é o médico da alma espiritual e não somente da vida biológica. Jesus só cura o homem total: o corpo e alma espiritual. [Orandum est ut sit “mens sana in corpore sano”]. “Mente sã, corpo são”. Jesus mostra que Deus não quer homens imperfeitos, mas homens são totalmente. Cura para o Reino dos céus, não para o terrestre. O terrestre está fora do seu plano e do Reino de Deus. [Eu não sou desse mundo]. Jesus é o salvador do homem total para a vida eterna; e esta não é daqui debaixo, mas do alto. A vida que ele nos dá é a vida eterna, não é a terrena, pois, essa é passageira. E aqui somos estrangeiros de mala pronta para qualquer hora partir. [Momento escatológico individual]. “Sabemos, com efeito, ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, mas habitação eterna no céu”. Significa essa habitação será o nosso corpo gloriosamente ao céu. [Palacete, daqui, não levamos, mas a tenda do Espírito Santo, que somos templo dele]. [IICor 5, 1-2]. Por isso teremos de nasce de novo, mas do alto, não do baixo. Quem ama esse mundo é daqui de baixo. Quem ama o Reino dos céus, pertence o que é do alto, isto é, a vida eterna após a ressurreição. O Reino do céu é o próprio Jesus Cristo. O pão que lhe dou é a minha carne, este pão é eucarístico. “Eu sou o pão descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente”. Este é o pão da palavra, que nos ensina a viver da verdade. A palavra que liberta e dá vida nova e salvífica. Os valores que Jesus deixou para todo aquele que nele crer é a vida eterna. O evangelho de João é o evangelho eucarístico; o evangelho dos sinais. Ele faz uma verdadeira catequese a todo aquele que quer beber dessa água e comer desse pão. [pão eucarístico]. O maior valor para o cristão é ser consciente que Jesus é a hóstia consagrada. A adoração do Santíssimo Sacramento também é uma verdadeira comunhão. Os sinóticos, bem como Paulo, narra a santa ceia antes da paixão e colocam na paixão. O evangelista João é diferente. Ele coloca logo no começo do seu evangelho narrando: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”. [Jo 6, 35]. E esse discurso ele narra até no capítulo seis afirmando e narrando um Jesus eucarístico. A celebração eucarística não é um banquete, mas o sacrifício da cruz. É o cordeiro pascal em espécie de pão e vinho. Jesus ressuscitado e sacramentado como o verdadeiro holocausto. [Celebração eucarístico]. “Quem come a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim e eu nele. Quem não comer da minha carne não terá parte em mim, [Jo 6, 56]. “Porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue é a verdadeira bebida”.[Sal 77, 24]. Muitos dos discípulos ao ouvir esse discurso se escandalizaram e abandonaram Jesus. Entenderam como se Jesus estivesse dando, biologicamente, a sua carne, transformando-os em antropófagos. Jesus está falando após a sua ressurreição ele será o alimento eucarístico de todo aquele que crê nele. Não é simbolismo e nem espiritualismo, mas verdadeiramente ele é o Deus vivo, o pão vivo descido do céu para ser alimento do corpo e da alma: Pão eucarístico, que é celebrado nos altares como holocausto incruento. O altar simboliza o “Gólgota”, Jesus é o holocausto, o cordeiro imolado ofertando ao pai o sacrifício para a remissão dos pecados de toda humanidade. “Fazei isso em memória de mim”.

Há entre os cristãos, principalmente na ala protestante, que interpretam essa perícope como um simbolismo e não como um sacramento, isto é, Jesus com seu corpo e sangue em forma de pão e vinho presente na eucaristia. Negam tudo. Por isso eles não têm essa celebração eucarística. [Missa]. Eles celebram culto. Jesus ressuscitado de corpo e alma em espécie de pão e vinho eles não acreditam. [Mas Lutero acreditava]. Quando o presbítero pronuncia as mesmas palavras de Jesus: “Isto é o meu corpo; Este é o cálice de meu sangue, o sangue da nova e eterna “Aliança”. Houve uma transubstanciação do pão e do vinho no corpo de Jesus. [Metafísica]. Era pão, mas agora é Jesus. Para nós católicos o pão é realmente o corpo e sangue e alma e divindade de Jesus vivo e glorioso e não um simbolismo. Com essa interpretação, eles, os protestantes, se assemelham como os discípulos que abandonaram o mestre por acharem um escândalo comer a sua carne e beber o seu sangue. [antropofagia]. Há, entretanto, muitos católicos que não acreditam também, que Jesus esteja de corpo e alma na eucaristia. Por não terem discernimento não sabem realmente o que significa e a importância que tem a celebração eucarística. Vão à missa por costume e tradição. Muitos não comungam por não acreditar e outros passam a ser comedores de hóstia, por não viverem em comunhão com Cristo e a sua Igreja. Muita gente que se diz católica, e na sua maioria, comunga sem saber o que está fazendo, mas por costume e tradição, não perde uma celebração eucarística e sempre comunga. Com essa pobreza de fé acaba sendo um comedor de hóstia, mas distante de ser um comungante consciente de que é mesmo a comunhão. Transformando a sua vida religiosa numa pobreza de espiritualidade e de não ter recebido uma catequese de adulto. Tem uma catequese ainda em tempos de criança, quando preparou para fazer a primeira comunhão. Sendo pobre de doutrina da fé não comunga, mas passa a ser um falso religioso, pois, alimenta-se do seu ego por não fazer a vontade de Deus se aperfeiçoando e corrigido cada dia os seus erros de crendice e fetichismo religioso. Não quer ser trigo, mas joio. Peço-lhe que imprima. Peço-lhe que imprima.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 03/07/2013
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