TRIGÉSIMA SEXTA AULA DE TEOLOGIA.

TRIGÉSIMA SEXTA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

Jesus censura o povo que busca o pão material e não o pão eucarístico. [Eucaristia é a transubstanciação do vinho em seu sangue e o pão em seu corpo]. [Metafísica]. É Ele próprio. Aqui Jesus começa a fazer o discurso eucarístico: “Eu sou o pão que desceu do céu. Quem comer desse pão terá a vida eterna e eu ressuscitarei no último dia”. Aqui o evangelista João, faz um relato teológico da paixão e da páscoa. [Relato feito nos anos 90]. Faz uma exegese da santa ceia, da transformação do pão em seu corpo e o vinho em seu sangue. [Nos anos 20]. Leva todo esse discurso no capítulo 6, 22-51; o Jesus eucarístico, o pão que alimenta e dá vida eterna. O pão da vida, que é o próprio Jesus na eucaristia. Embora o evangelista relatasse que Jesus afirmasse: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos, porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue é uma verdadeira bebida”. [Os judeus entendiam muito bem quando se falava de comer a carne e beber o sangue]. Aqui foi encaixado esse texto para dar mais força e mais eficácia na celebração da Santa Ceia, mas jamais Jesus fez esse discurso publicamente, pois seria um escândalo e ninguém iria entender esse discurso teológico eucarístico. Poderia entender sendo uma filantropia. Aqui, o evangelista relata tudo após a páscoa, não antes e coloca esse relato na santa ceia, onde Jesus transforma o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue. [Aqui houve realmente o milagre de a água se transformar em vinho, que aparece nas bodas de Caná]. Instituição da eucaristia. Ele faz aqui uma alta teologia, enquanto os evangelhos sinóticos relatam no fim do evangelho a santa ceia. João inicia o seu evangelho levando e colocando como se fosse já realizado na última ceia. Esse relato do evangelista João sobre a eucaristia é citado, também, nos evangelhos sinóticos e nas epístolas de Paulo e nos Atos dos Apóstolos. João faz um relato dogmático da santa ceia já no começo de seu evangelho.

Essa é a única obra de Deus: Crer em seu filho Jesus sendo o pão que desceu do céu, que se fez comida eucarística. Faz alimento que é a palavra de Deus, a Boa Nova. Esse é o verdadeiro sentido de comer o pão. Essa doutrina de fé em forma de pão são os seus ensinamentos doutrinários e dogmáticos. [O pão nosso de cada dia nos dai hoje]. Encontramos esses relatos nos livros sapienciais: provérbios e os salmos. O pão da palavra que alimenta a nossa fé, que é a sabedoria anunciada a todos, através de seus ensinamentos doutrinários deixado por Ele aos seus discípulos. [E chegou até nós]. Por isso ele é o pão eucarístico, que desceu do céu e alimenta a alma espiritual dando-nos vida eterna. Ele é o Deus vivo. O caminho, a verdade e a vida. Nessa perícope, João coloca todo o discurso de Jesus, já no começo de sua vida pública, [Anos 20] e transporta para a celebração da santa ceia, [A Santa Missa ou celebração eucarística], a Nova Aliança com o Pai. O Novo Mandamento. João relata essa perícope no começo do anúncio da Boa Nova, relatando toda a sua realeza como o pão que desceu do céu já transportando para o final do seu evangelho e após páscoa. Será que os católicos comungantes entendem e compreendem o que significa receber a eucaristia?

O evangelho de João é o evangelho dos sinais. Primeiro foi o Testemunho de João Batista: “Eis o cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”. [O celebrante diz as palavras de João Batista na celebração eucarística]. Depois Jesus disse: “Eu faço as obras de meu Pai”. Que obras foram? Os milagres operados por Ele. E o último sinal foi: “Acaso não foi Moisés quem vos deu a Lei? Isto é, a Torá. No entanto, ninguém de vós cumpre a lei”!... “Por que procurais tirar-me a vida?” [A Lei: Não matarás]. Esse é um texto jurídico, pois, Jesus está sendo julgado pela lei farisaica. Para eles, Jesus é um sinal de contradição. [Profecia de Simeão a Jesus e a Maria a mãe das dores]. [Lc 2, 33-35]. É bom que se leia a citação do evangelho de Lucas.

Esse evangelho foi elaborado e com testemunho de pessoas que conviveram com Jesus, como por exemplo: Simão Cirineu, Bartimeu, Nicodemos, Maria Madalena e talvez Zaqueu, que formaram comunidade cristã e há mensagem primitiva que andou de boca em boca até formar esse relato joanino. Jesus realizou sete sinais de natureza não humana: Primeiro Jesus caminha sobre as águas, quando os discípulos ficaram com medo ele disse: “Não tenham medo. “Sou eu”. Essa afirmação sou eu é a voz de Deus lá na sarça ardente onde Moisés se encontrou pela primeira vez com Deus; é o teologúmeno, isto é, só quem é Deus pode desafiar a natureza, ou a gravidade, não afundando nas águas do mar e realizar milagres. [Este é o maior testemunho provando que Jesus Cristo é Deus]. Segundo sinal, Jesus faz a figueira secar e não dar mais frutos.[A figueira está simbolizando os judeus que não deram frutos e nem reconheceram Jesus como o Messias.]. [Judeus, os que rejeitaram Jesus]. Terceiro sinal Jesus manda Pedro pescar um peixe e nele retirar a moeda. [Conto popular encaixado ou enxertado nesse relato]. Quarto sinal Jesus com apenas três peixes e cinco pães mata a fome de mais de cinco mil pessoas. [Número simbólico]. Quinto sinal Jesus transforma a água em vinho na Boda de Caná. [Já foi explicado acima sobre esse milagre]. Sexto sinal Jesus acalma a tempestade. Sétimo sinal Jesus faz o milagre da pesca. Esses sinais, nenhum deles foram realizados num ser humano ou curar um ser humano, mas para afirmar o poder divino que Jesus possuía. Aqui está aquilo que chamamos de teologúmeno, isto é, poder divino sobre a natureza de Jesus. [Duas naturezas: divina e humana; Homem e Deus]. Não havia nenhuma necessidade de Jesus realizar esses milagres, mas, teologicamente afirma Jesus e o Pai agindo reciprocamente numa única pessoa: Jesus Cristo. “Eu faço as coisas que meu Pai manda”. [Faço a vontade de meu Pai]. E nós fazemos?

Ser cristão é fazer a vontade do Pai como fora toda a vida de Jesus.

“Seja feita a vossa vontade”... Essa é a oração que os cristãos rezam, mas poucos são os que fazem a vontade de Deus. Peço-lhe que imprima.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 06/07/2013
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