QUADRAGÉSIMA SEGUNDA AULA DE TEOLOGIA.

QUADRAGÉSIMA SEGUNDA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

A mulher adúltera quem narra esse fato é o evangelista João. Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: “Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério. Moisés mandou-nos na Lei que apedrejássemos tais mulheres.” [Leia no livro de Daniel o relato que conta sobre a esposa de Joaquim que se chama Suzana acusada de adultério]. (Dn 13, 1-62). Que dizes tu a isso? [Escribas eram homens cultos e letrados sabiam toda a Lei mosaica. Eram quem escreviam as escrituras, pois não havia imprensa ainda. Teriam de escrever com a pena sobre os pergaminhos.] Os fariseus eram doutores da Lei, teólogos, mas levaram a mulher para testar a Jesus. Se a Lei já determinava que quem praticasse o adultério seria apedrejada, por que, então, eles não a apedrejaram? Se haviam pegado em adultério? Mas Jesus começou a escrever no chão, talvez a vida de cada um que cometeu adultério. A mulher tremendo à frente da multidão, pois sabia que seria apedrejada e morta. Jesus levantou e disse-lhes: “Quem de vós estiver sem pecado, [Sem praticar adultério], seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. A resposta de Jesus foi como se cada um tivesse recebido uma punhalada no coração. Jesus deu a oportunidade de cada um julgar a si mesmo. Sede juiz de si mesmo ao envés de julgar e condenar a mulher. Eles mesmos se condenaram, porque a lei dizia que deveria ser apedrejados ambos: homem e mulher, se ambos foram pegos em flagrante, por que não trouxeram o homem adúltero também? Envergonhados cada um, a começar pelo mais velho, atirou a pedra no chão a se afastaram. Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão os que lhe acusavam?” Ninguém te condenou?” Respondeu ela: “Ninguém, Senhor.” Disse-lhe então Jesus:”Nem eu te condeno. Vá e não tornes a pecar”. [Jo 8, 1-11]. Nessa perícope há muitos ensinamentos doutrinários que Jesus nos ensinou. Um deles é “Não julgues, e não sereis julgados”. [Mt 7, 1]. Os que queriam apedrejar a mulher são, na verdade, o símbolo de muitos hoje que se alvoroçam em julgar como se fossem justos ou juízes. Outro exemplo são os que praticam adultério e se apresentam como joios no meio da assembleia e até entram na fila da comunhão para receber a eucaristia. Estes são comedores de hóstia e condenam a si próprios como relata Paulo na sua epístola [1Cor.]. Quem realmente pratica o adultério e entra na fila para comungar é apenas comedor de hóstias e satisfaz o seu ego. “Não cometerás adultério”. [Mt 5, 27]. A Igreja condena o divórcio porque entende-se que o sacramento do matrimônio é indissolúvel. Em sendo, quem largar a sua esposa e viver com outra já cometeu adultério. [Os casados que frequentam motéis às escondidas cometem adultério]. Está fora da comunhão com Deus e a doutrina da Igreja; a Igreja representa a justiça. O mais importante é não fazer justiça com a própria mão. [Os que queriam apedrejar a mulher adúltera]. Foi essa a razão de Jesus conscientizar os que iriam matar a mulher apedrejando-a. A lei dizia: “Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal”, [Mt 5,21]. Que juízo será esse? O juízo final na escatologia individual. E o juiz é o próprio Jesus Cristo; é o Logos. Julgará na hora de nossa morte, aqui, e o outro julgamento universal no dia da sua parusia e escatologia no final dos séculos. “Vá e não peques mais”, isto é, “sede perfeito como vosso Pai é perfeito” . Foi essa a mensagem de Jesus para a mulher adúltera. Certamente ela se converteu e se transformou numa grande missionária como fora Maria Madalena, a samaritana e outras. É preciso prestar bem atenção, quando Jesus realizava um milagre a qualquer pessoa, essa pessoa O seguia; se transformava a sua vida para a vida de perfeição. Não é, aqui, essa visão de alguém receber um milagre de Jesus e pagar a promessa ou caminhar quilômetros a pé para pagar o milagre recebido; mas para se converter e transformando-se em um autêntico cristão, discípulo missionário da Boa Nova. Disse Jesus: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. [Jo 8, 12]. Todos os seguidores de Jesus deverão ser transformadores do mundo das trevas, isto é, serem puros de coração para os homens de coração duro e que vivem incoerentes, déspotas; essa é as trevas que Jesus falou. Quem é cristão é luz para si e para os outros. É viver o que ensinam os evangelhos com a experiência do Mestre dos mestres, Jesus Cristo. Quem é, realmente, cristão ou cristã, nos dias de hoje? Bem casados fiel uns aos outros? Se não o for fiel no casamento receberá o conselho do Mestre Jesus Cristo: “Não peques mais”. Isto é, não pratique o adultério. Peço-lhe que imprima.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 12/07/2013
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