Aqui também se ama

Aos poucos, aprendemos que se ama , de um jeito bem diferente,

Sem aquele calor, sem aquela ternura, sem aquela chama,

aqui, às vezes, nem os olhos se sabe a cor

nem sentimos o hálito quente pertinho da gente

não colamos o corpo no outro corpo

não saboreamos os beijos alucinados, molhados e ardentes,

escancarando e vibrando nergias e emoções.

Não sinto o passeio das mãos em minha pele quente e sedosa

não ouço uma vóz a chamar meu nome a pedir mais, dar coordenadas,

mas vibramos em cada palavra escrita com carinho,

festejamos cada instante, quando o outro se apresenta.

É a sensação é a mais excitante que um solitário pode ter.

É a imensidão de apelos todos sendo jogados aos nossos pés

Ou melhor, em nossas mãos, em nosso olhar, em nosso ser.

Aqui, não permitimos abusos, ninguém se mete

Se não permitirmos uma companhia na internet.

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 11/09/2008
Código do texto: T1173388
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