CANTIGA CAIPIRA MINEIRA

CANTIGA CAIPIRA MINEIRA

Minha terra tem parmêra

Ma u sabiá prefere

Cantá numa goiabêra

Cá tem morro, num tem má

E nóis prefere tomá

Bãe di rí i cachuêra

Num tem praia nem surfista

Top-móder nem artista

Mas, sô moço, eu vô contá

Cá tem passarim cantano

Tem violêro tocano

E as morena é naturá

Num tem cumida istrangêra

Tem côve, tutu, lombim

Torresmim e bagacêra

Um trem bão p'ra matutá

Um calango p'ra tocá

Lambari na frigidêra

Uai, sô moço

Eu num quero ôtra sina

Qui vivê em Leopoldina

Minha terra tão minêra

É Catedrá, é u morro du Cruzêro

É u Cristo, é Desengano

É Taboca, é Limuêro

Vila Mirarda, é u morro da Ventania

Da Pinguda, dus Puri,

É da Onça e da Cutia.

É u Gináso, morro du Arranca-tôco

Cimitéro, Bela Vista, São Cristóvo

E falei pôco.

Meia-laranja, Grupo Nôvo, Exposição

É Coréia, Agreste, Quinta

Boa Sorte e Macarrão

Puêra d'Água, Cruiz Quêmada, Bêra Rí

Fábrica e Cotegipe, é Rosário é São José

Mina de Ôro, é a Praça da Bandêra

É Treis Cruiz, é Simináro, é u Raiá du Sapé

Leopoldina, MG, janeiro de 1993.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 16/03/2007
Código do texto: T414570