Um acordo a dois

O casamento é uma armadilha

Que fascina

Um acordo a dois

O grande mal é nos subtermos

a tudo ou quase tudo

Aceitar por paixão

Humilharmo-nos

Invertemos os papéis quase sempre

Em benefício deles

O melhor homem

não é aquele que quer

nos conservar inútil

Como uma boneca no canto da sala

É o que dá espaço

Não segue caminhabdo por nós

Deixa-nos caminhar com nossos

próprios pés

As grandes paixões devastam

uma vida inteira nos torna cegos

Surdos e mudos

Nossa alma na ânsia de amor

e de ternura é o que conta

Sempre

Sem perceber dedicamos

a vida inteira a eles

Depois nos contentamos

com um simples olhar de

compaixão.

(Retirado da obra "Reminiscências Mornas")

Lidia Albuquerque
Enviado por Lidia Albuquerque em 30/06/2008
Código do texto: T1058191
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