Um acordo a dois
O casamento é uma armadilha
Que fascina
Um acordo a dois
O grande mal é nos subtermos
a tudo ou quase tudo
Aceitar por paixão
Humilharmo-nos
Invertemos os papéis quase sempre
Em benefício deles
O melhor homem
não é aquele que quer
nos conservar inútil
Como uma boneca no canto da sala
É o que dá espaço
Não segue caminhabdo por nós
Deixa-nos caminhar com nossos
próprios pés
As grandes paixões devastam
uma vida inteira nos torna cegos
Surdos e mudos
Nossa alma na ânsia de amor
e de ternura é o que conta
Sempre
Sem perceber dedicamos
a vida inteira a eles
Depois nos contentamos
com um simples olhar de
compaixão.
(Retirado da obra "Reminiscências Mornas")