Amores? Não há!

Ando aqui a pensar tão frigidamente

Nesse meu magoar nesse meu ser decadente

Que reluz no escuro e trepidamente

engana o bobo que pensa que sei amar.

Vago distante da minha e da sua mente

Vago como olhar de menina carente

Que nas mágoas de um poema se afogou

que relutou em vão e procurou o amor.

Soberba doce que vem a me acompanhar

sopra em meu ouvido que tenho de me levantar

Que sou puro libido e que não existe amar

Nesse velho sou meu, utopia dizia Orfeu

Ao cantar sua doces canções em meu sonhar.

Loucura dissidente que me é tão boa amiga

Me diz agora nas vozes de suas intrigas

Que tenho de parar de sofre a míngua

E que tens me nojo desse meu imbecil entoar

Depedres meu corpo com sua verdades cruas

Que ferem esta face tão onisciente

De quem ainda se encantas com eternas juras

De um amor que a muito não está presente.

Santiago Belmont
Enviado por Santiago Belmont em 29/07/2008
Código do texto: T1103535
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