Ao desenlace, enfim
E vou despedindo-me da vida
como um bebê despede-se do útero materno.
Dou um último adeus ao mundo
como o dia dá adeus a madrugada fria.
Sim, já vou-me
Ja é hora de nascer para a morte.
Vivi tudo o que era esperado
Meus suspiros já são últimos
e minha dor infindável.
Já vou despedir-me de mim
Deixo meu maltratado corpo
que por muito passou
e que muito suportou as maldades da vida.
Mas não quero prantos, quero festa!
Festa para o desenlace, para o fim
é chegada a hora do descanso de meu corpo
que muito sofreu por amor.
Andrade Couto