Ao desenlace, enfim

E vou despedindo-me da vida

como um bebê despede-se do útero materno.

Dou um último adeus ao mundo

como o dia dá adeus a madrugada fria.

Sim, já vou-me

Ja é hora de nascer para a morte.

Vivi tudo o que era esperado

Meus suspiros já são últimos

e minha dor infindável.

Já vou despedir-me de mim

Deixo meu maltratado corpo

que por muito passou

e que muito suportou as maldades da vida.

Mas não quero prantos, quero festa!

Festa para o desenlace, para o fim

é chegada a hora do descanso de meu corpo

que muito sofreu por amor.

Andrade Couto

Thamires Heck
Enviado por Thamires Heck em 08/11/2009
Reeditado em 15/09/2013
Código do texto: T1912014
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