Calando a alma

Não há como te entender,

óh alma humana!

Cabelos brancos, troféus

de sabedoria que a vida ensina,

que vê o mundo sem véus,

despido dos sonhos de menina,

incapaz, porém, de compreender

a essência que de ti emana.

Envolta em conflitos sem sentido,

que arrastam pesados grilhões

e o tornozelo faz sangrar,

gritando ao mundo num gemido,

misto de dores e paixões,

em meio ao turbilhão

que surdo se faz gigante

oprimindo o coração amante.

Desferindo o golpe fatal

de quem não quer o mal,

faz muda a que gemia

que, encolhida, se refugia

na inconsciência dormente,

onde, incapaz de incomodar,

Vegeta somente,

esperando a vida passar!

Lídia Sirena Vandresen

(10.04.08)

Lídia Sirena
Enviado por Lídia Sirena em 23/08/2011
Código do texto: T3177577
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