DESABAFO

DESABAFO – out 2007

Há momentos que somos levados a parar

No início a mocidade com seus atributos

Incentivam e fazem nosso ego reavivar

Nos tornando seres quase absolutos.

Estes atributos têm momento que nos faltam

Alguns já extintos, outros, em extinção.

Frágeis os poderes falham

E a máquina para; estamos em inanição.

Por analogia, quanto mais burilado,

Trabalhado, for o metal humano utilizado,

Fraco se torna e pode ser quebrado

Pela carga recebida em qualquer lado.

Como evitar este final?

É difícil a solução.

A escolha não é cabal;

Talvez a fuga do eremita pra solidão.

Talvez a fuga do consciente,

Saída que a mente procura

Para o estranho mundo do inconsciente

Habitat do fraco entregue a loucura.

Talvez a hipótese mais fácil e atraente

Seja aderir aos vícios tão salientes

Que na sociedade são encontrados comumente

E a eles se entregar totalmente

É horrível o que nos resta escolher

Mas é a pura realidade.

Tudo o que de belo pensamos ascender

Ruiu na lama podre da sociedade:

O respeito, a humanidade,

A família, fraternidade.

Rildége Acioli

Dege
Enviado por Dege em 26/10/2007
Código do texto: T711031