Numa estrada escura e amarga mirava-se um amante.
Atrás de um volante um homem solitário de chagas nas mãos,
Atrás de suas lagrimas sonhos abandonados mortos na contra-mão.
Ele ditava preces mudas ofuscadas por seu triste semblante
E as suas tristezas se abarrotavam confusas nas suas estantes
como mármore intacto, inativo mas, presente.
Por segundos conseguiu não lembrar de sua dor
Por infortúnio lembrou-se que em seu coração anda havia amor,
Sugando as ultimas forças de seu corpo trepido e amargo,
Concordou consigo, com seus pensamentos suicidas
e com a torção que se sucedeu após seu ultimo suspiro sofrido.
Um giro no volante,
Um freio arredio,
Arrependimento por um instante,
E lá se foi seu corpo, agora sujo e frio.