Uma vida em um segundo

A agua límpida transborda inconsequente e morna

Salga um interior cálido carente do outro eu

Que traça seus passos em seu mundo longe de mim

O sal desta fonte tempera o tesouro da espera

E assim se faz harmônica figura

Transparente alma branda e sutil

E assim se mostra, servil e inocente feito criança

Lembranças a apreciar velhas lembranças...

Enredos ingênuos caminhantes de sonhos a esmo

A cada pisar insinua o maior bem que verte tais águas

Sem deixar o corpo sair um passo do mesmo lugar

Cria versos, recria cenas, aquarelas se mostram,

Cabelos que se revoltam em lufatas de ar

Canto revolto em quietude espera... sequelas...mazelas

Saltam quimeras todas ao relento

Bramem, gemem e se isolam ao sinal de novos tempos

Encontrando o passado no novo da espera contínua.

Sossega, enfim, ao som da pura sinfonia que embala

Fazendo calar os ânimos e aninhar os sonhos

Sem planos aguarda o sinal da bendita hora

se liberta, ao encontro da grande estrela.

E Vai, vida a fora...vai !

Célia Matos
Enviado por Célia Matos em 14/04/2012
Código do texto: T3611510
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.