Depois que passar o vento

Tempestades não são eternas

Rasgam, rompem, ferem

Nos atravessam, nos modificam

Só extraí de nós

O que já não nos pertencia.

São totalmente indiferentes a nós

Então, deixe que vá

Leve consigo seus trovões

Façamos como a terra

Que acolhe as folhas órfãs

Sem romper a mudez dos humos

Depois que passar o vento

Contemple o silêncio

Se purifique

Emerja sem lamentos

Volte à tona

Subscreva o seu existir.

Enide Santos 11/10/20

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 11/10/2020
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